Os títulos argentinos subiram quase 3% na terça-feira (12) e o índice de ações local S&P Merval avançava quase 7% depois que um corte inesperado na taxa de juros.
Na segunda-feira (11), o Banco Central fez uma redução na sua taxa de referência que era 100% para 80%, dando sinais de desaceleração da inflação altíssima e uma recuperação das reservas líquidas desde que o presidente libertário Javier Milei assumiu o cargo em Dezembro.
Analistas anunciaram que o corte nos juros, reflete a confiança do governo em reduzir a inflação, que está acima de 250%, prejudicando o poder de compra dos argentinos e levando mais pessoas à pobreza. O que se espera agora, é que a liquidez seja canalizada para a aquisição de instrumentos em dólares, enfraquecendo a taxa de câmbio paralela, ou para instrumentos vinculados à inflação.
O peso, enfraqueceu cerca de 1,5% nos mercados paralelos de livre negociação, que se tornaram populares entre as pessoas que buscam comprar dólares, muitas vezes com um prêmio elevado. No entanto, a diferença entre a taxa oficial e a dos mercados paralelos diminuiu acentuadamente desde que Javier Milei assumiu o cargo.
“Essas medidas provavelmente vão reduzir as taxas dos depósitos a prazo e dos fundos mútuos e, portanto, aumentarão a liquidez do ARS (peso argentino) no mercado”, disse o Banco Central.
O que o Banco Central diz
O banco central parece estar confortável com o ritmo da desinflação.
“Estamos vendo uma janela de oportunidade se abrir para que comecemos a remover a teia de controles de capital” até o terceiro trimestre de 2024. É certo que isso exigirá um papel completamente diferente para a política monetária.” Disse o Banco Central em nota divulgada.