Guerra Comercial

URGENTE: Trump lança bomba contra a China; Tarifa inesperada

Nova tarifa de 104% sobre produtos da China marca escalada entre EUA e Pequim e derruba os mercados globais.

URGENTE: Trump lança bomba contra a China; Tarifa inesperada
  • Os Estados Unidos oficializaram a aplicação de uma tarifa de 104% sobre produtos chineses a partir de quarta-feira.
  • A medida amplia a guerra comercial e provoca queda nos mercados globais, afetando ações e moedas de países emergentes.
  • A China promete retaliação e o cenário indica que as tensões devem persistir, com possíveis efeitos sobre o comércio mundial.

A Casa Branca confirmou que, a partir da próxima quarta-feira (9), os Estados Unidos aplicarão uma tarifa de 104% sobre produtos importados da China. A decisão encerra o prazo para que Pequim retirasse suas medidas retaliatórias e amplia o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O anúncio derruba mercados, preocupa países aliados e sinaliza um período de alta instabilidade econômica.

A tarifa mais agressiva desde 2018

A medida, anunciada oficialmente pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, marca a maior escalada tarifária desde o início da guerra comercial entre os dois países, ainda no governo Trump.

A nova tarifa de 104% entra em vigor às 00h01 desta quarta-feira (horário de Washington) e recai sobre uma ampla gama de produtos chineses. A resposta norte-americana acontece após a China manter as tarifas de 34% sobre produtos dos EUA. Segundo Leavitt, a atitude chinesa foi “hostil” e “chantagista”.

Em nota, o governo americano afirmou que não aceitará ações comerciais que prejudiquem a indústria e os trabalhadores dos Estados Unidos.

Além disso, reiterou que continuará a defender o equilíbrio da balança comercial global.

Mercados reagem com forte instabilidade

A notícia impactou diretamente os mercados financeiros globais. Na Ásia, bolsas encerraram o pregão em queda generalizada. O índice de Xangai recuou mais de 2% e o iene japonês valorizou-se frente ao dólar, em um movimento de busca por proteção.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones e o S&P 500 operaram no vermelho após o anúncio. Investidores demonstraram receio de que a escalada nas tensões reduza o comércio global e afete a lucratividade de empresas exportadoras. Papéis de tecnologia e automóveis estiveram entre os mais atingidos.

No Brasil, o reflexo também foi imediato. O dólar ultrapassou R$ 6 pela primeira vez em 2025, enquanto o Ibovespa recuou mais de 1%, puxado por ações ligadas a commodities. O cenário reforça o papel central das relações sino-americanas no desempenho de mercados emergentes.

Reação da China e possibilidade de retaliação

Do lado chinês, a resposta foi dura. O Ministério do Comércio da China afirmou que a imposição da tarifa de 104% representa uma violação grave das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, classificou a decisão como “inaceitável” e “provocativa”.

Pequim prometeu “respostas firmes” e disse estar pronta para adotar contramedidas proporcionais. Embora não tenha detalhado as ações, o tom da declaração sugere que o país estuda novas tarifas ou restrições a empresas americanas em território chinês.

Autoridades internacionais também reagiram. A União Europeia demonstrou preocupação com os efeitos colaterais da nova fase da guerra comercial. Cerca de 70 países já procuraram os EUA em busca de acordos bilaterais que possam reduzir os impactos da política tarifária.

EUA dizem estar abertos a acordos, mas impõem condições

Apesar do endurecimento da postura, a Casa Branca sinalizou disposição para negociar. Em coletiva, Leavitt afirmou que o governo norte-americano pode considerar a retirada gradual das tarifas, desde que os acordos firmados garantam vantagens diretas para os trabalhadores americanos.

A fala reforça a agenda protecionista dos Estados Unidos, que desde 2018 prioriza acordos bilaterais e renegociações comerciais que combatam o déficit da balança comercial americana. No entanto, analistas avaliam que as exigências impostas por Washington tornam as tratativas mais difíceis.

Enquanto isso, empresas multinacionais revisam projeções de crescimento e reorganizam cadeias produtivas. Fabricantes com produção na Ásia já estudam alternativas para reduzir a dependência da China, movimento que pode afetar a competitividade global no curto prazo.

Cenário global segue incerto

Especialistas alertam que a nova tarifa pode desencadear uma nova onda de protecionismo. O economista Mark Zandi, da Moody’s Analytics, afirmou que a medida deve reduzir o ritmo de crescimento do comércio global e aumentar os custos para consumidores e empresas.

Além disso, a incerteza gerada pela medida pode ampliar a volatilidade nos mercados financeiros nas próximas semanas. O FMI já se posicionou de forma crítica, indicando que medidas unilaterais tendem a provocar instabilidade sistêmica.

Portanto, embora os EUA defendam seus interesses comerciais, o custo dessa decisão pode ser alto — tanto para aliados quanto para a economia global como um todo.

Luiz Fernando
Licenciado em Letras, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.