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Vagas temporárias de fim de ano: saiba como agarrar uma oportunidade

A proximidade do final do ano traz a esperança de muitos brasileiros que buscam uma das milhares de vagas de emprego temporárias que costumam surgir nesse período. E como se preparar para agarrar essas oportunidades?

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A proximidade do final do ano traz a esperança de muitos brasileiros que buscam uma das milhares de vagas de emprego temporárias que costumam surgir nesse período. E como se preparar para agarrar essas oportunidades?

Segundo o especialista em Gestão de Carreira e professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Marcelo Treff, os candidatos devem ficar atentos às áreas que tem mais possibilidades de crescimento e, consequentemente, de geração de vagas, identificar as principais exigências e requisitos da vaga e adequar o currículo e, sobretudo, o discurso a ser utilizado em eventuais entrevistas de seleção.

“Além da oportunidade de conseguir renda extra ou quem sabe um novo emprego, esse período de vagas temporárias também funciona para o candidato como espaço para networking e pode ajudar a turbinar o currículo, com novas experiências e aprendizados. Para as empresas, a principal vantagem é o atendimento de uma demanda específica, em um determinado período do ano, com possibilidade de extensão do contrato ou até mesmo de efetivação do profissional. Além disso, as custas rescisórias tendem a ser menores”, opina o docente.

Ainda segundo o professor universitário, as vagas mais comuns abertas neste período estão relacionadas ao comércio em geral, como: vendedores(as), operadores(as) de caixa, estoquistas, promotores(as); algumas vagas relacionadas à Indústria de Bens ligados às comemorações de final de ano e, cada vez, mais, vagas na área de logística, ligadas tanto ao comércio físico como ao e-commerce.

“Segundo o site Vagas Profissões, no ano passado foram criadas entre 650 e 700 mil vagas de trabalho temporário e, com a projeção de melhoria na economia brasileira em 2023, estima-se que o final deste ano traga crescimento da oferta de vagas”, acrescenta Treff.

Vale ressaltar que o contrato temporário é regido pela CLT, garantindo proteção da lei para quem que contrata, assim como para quem é contratado. O prazo máximo de um trabalho temporário, pela lei, é de 180 dias corridos, com possibilidade de prorrogação de até 90 dias. Dessa forma, o trabalho temporário pode ter a duração máxima de 270 dias.

BOM CURRÍCULO AJUDA!

Segundo o professor Marcelo Treff, o candidato deve elaborar um currículo enxuto, de no máximo duas folhas, com informações sobre formação, cursos de capacitação ou especialização, além das experiências profissionais e participação em programas sociais e de voluntariado, se houver.

Não há necessidade de informar o endereço, pois pode ser perguntado durante o processo de triagem ou contato inicial. E o mais importante: nunca minta!

É mais produtivo enviar currículo para vagas das quais o candidato esteja mais alinhado aos requisitos/experiência pedidas pelo empregador. Além disso, atualmente os sites de recrutamento e sites de empresas, os famosos “trabalhe conosco”, são excelentes fontes para envio. Cada vez mais, a distribuição de currículos em massa demonstra-se pouco efetivo, podendo revelar desespero.

O currículo é parte importante do processo de seleção, no entanto, a entrevista ainda é a etapa que mais decide contratações. Então, como agir para ser escolhido para a vaga?

Os comportamentos mais buscados pelos recrutadores nos candidatos que chegam à fase de entrevista são:

– Autenticidade: tenha clareza de propósitos e valores, evite criar um personagem;

– Autoconhecimento: tenha clareza dos próprios talentos e dificuldades;

– Foco: tenha clareza dos seus objetivos pessoais e profissionais;

– Capacidade de saber ouvir: deixe o entrevistador falar;

– Postura;

– Discrição.
 

Para “conquistar” o recrutador ou gestor da vaga, também é importante que o candidato busque informações sobre a empresa: valores, área de atuação, segmento, missão, visão de negócios etc.

A falta de “flexibilidade cognitiva”, ou seja, a falta de capacidade de se manter adaptável, é um dos requisitos que mais reprova candidatos em processos seletivos, além da falta de informações sobre a empresa contratante.

Depois da triagem dos currículos e entrevista, muitos processos seletivos requerem que os candidatos realizem cases ou testes.

Para se dar bem nesta fase, é importante compreender os objetivos da atividade proposta, ter calma na resolução, tentando utilizar todo o tempo disponibilizado.

O participante não deve ter vergonha de perguntar, se não entendeu direito a atividade proposta. Ademais, deve tentar se lembrar se conhece a maior parte do conteúdo e manter o foco, evitando distrações.

O especialista: Marcelo Treff é professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua com os seguintes temas: Gestão da Carreira, Gestão de Competências, Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional.