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O Brasil registrou 184 pedidos de recuperação judicial de pequenas, médias e grandes empresas em abril deste ano.
Em resultados divulgados pelo Serasa Experian, foi informado que o Brasil registrou 184 pedidos de recuperação judicial de pequenas, médias e grandes empresas em abril deste ano, um aumento de 98% e o maior número mensal desde março de 2018.
“O número de recuperações judiciais reflete o ambiente de dificuldade financeira que as empresas estão vivendo atualmente, ainda refletindo as taxas de juros no país que, embora tenham sido reduzidas, ainda impactam os caixas das empresas, que se veem em dificuldade para se reorganizar financeiramente. Enquanto a inadimplência não cair, o que envolve negociações com credores e a implementação de estratégias para aumentar a receita e cumprir com pagamentos, as RJs continuarão subindo”, explica Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
De acordo com informações, as Micro e Pequenas Empresas lideraram os pedidos de recuperações judiciais, com 144 requerimentos, já as Grandes Empresas tiveram menor expressão em abril.
Pedidos de falências
Em abril, foram registrados 90 pedidos de falência de companhias, um crescimento de 69,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. As Micro e Pequenas Empresas tiveram o maior número de requisições (53) seguidas pelas Médias Empresas (24) e Grandes Empresas (13). Na visão por setores, o “Primário” não marcou solicitações, já Serviço apontou (38), Comércio (33) e Indústria (19).
Março também registrou alta em pedidos de recuperação judicial
No mês de Março, for registrados 183 pedidos, uma alta de 94,7% em comparação ao mesmo mês de 2023.
O setor de serviços ficou em primeiro lugar dos pedidos, com 71 demandas. Já o comércio, ficou com 48. Em relação ao porte das companhias, as micro e pequenas empresas lideraram as solicitações de recuperação judicial, com 136 pedidos. Em 3º lugar está o setor de indústria, com 33 pedidos e por por último, a área de produtos primários, com 31 casos de recuperação judicial.
“O aumento nas solicitações de recuperações judiciais é reflexo do crescimento das empresas que se viram diante da iminência da insolvência. Precisamos ter uma redução da inadimplência para depois presenciarmos uma queda no número de pedidos de recuperações judiciais”, disse Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
De acordo com o especialista, a queda nos pedidos deve acontecer a partir do 2º semestre de 2024.
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