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Fundador da Petz, Sergio Zimerman, aumentou de cerca de 29% para 43% de sua participação acionária na Petz. Conforme as informações publicadas na segunda-feira (19), Zimerman realizou o alto volume de aquisições por meio de uma série de operações de calls e venda simultânea de puts. As negociações por meio de derivativos têm potencial de aumentar a participação na companhia em mais 13,8% do capital. Atualmente, a companhia está avaliada em R$ 1,61 bilhão na Bolsa. De acordo com o Grupo Petz, as negociações não tiveram como objetivo uma alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia, mas sim, motivadas pelo intuito de investimento na empresa.
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Aquisições em série
Desde o mês de agosto do ano passado, o fundador da rede brasileira de pet shops vem comprando ações da empresa. No final de 2023, o executivo possuía 29,1% do capital da companhia.
O fundador está realizando aquisições de maneira intensiva em um período em que a Petz experimentou uma significativa redução em seus múltiplos e está sendo negociada próximo ao seu valor mais baixo registrado na história.
Entre os meses de agosto e novembro de 2023, Zimerman comprou 16 milhões de ações da Petz. Seu equity share na empresa passou de 26,69% para 30,14% no curto período.
Em declaração feita para o Brazil Journal, Zimerman afirmou sua confiança no potencial da Petz (PETZ3):
“Enxergo claramente um exagero do mercado em relação ao preço do papel e os fundamentos da empresa. A empresa está extremamente sólida. Um fato pouco valorizado pelos investidores é que, nos últimos 10 anos, esta foi a primeira vez que a gente fechou um terceiro trimestre com a geração de caixa operacional custeando todo o fluxo financeiro e de investimentos. Temos dívida líquida zero, e não temos incentivo fiscal”.
Sergio Zimerman.
A iniciativa do CEO também tem o potencial de reacender o interesse do mercado em relação às possibilidades de uma fusão com a Cobasi, dando origem a um gigante nacional. Essa união poderia resultar em sinergias e tem sido tema de discussões frequentes, tanto formais quanto informais, entre as duas partes.
Oportunidade ou Furada? Queda de 80% desde IPO marca ações da Petz
por Leonardo Bruno 01/02/2024
A Petz (PETZ3), uma das empresas que surfaram a onda de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) em 2020 e 2021, enfrenta um período de adversidades no mercado financeiro. Desde sua estreia na bolsa brasileira, a companhia viu suas ações despencarem 80,8%. Com um início promissor, cujas ações valorizaram quase 22% no primeiro dia de negociação, cotadas a R$ 16,75, hoje, PETZ3 é negociada a R$ 3,21.
Cenário Desafiador para a Petz
Inserida no setor de varejo, a Petz não escapou das consequências do ciclo de alta dos juros no Brasil, um fator que tem afetado o desempenho de várias empresas no setor. Mesmo com o início da flexibilização monetária em agosto do ano passado, analistas permanecem cautelosos com relação à companhia. O Itaú BBA, por exemplo, retomou a cobertura das ações da Petz com uma recomendação de “market perform” (desempenho alinhado com a média do mercado), e um preço-alvo de R$ 3,90 para o fim de 2024, implicando um potencial de valorização de 21%.
Quatro Motivos para a Postura Cautelosa
O Itaú BBA destaca quatro razões principais para sua postura neutra em relação às ações da Petz:
- Deterioração dos Fundamentos: A Petz (PETZ3) perdeu participação na carteira de gastos com cuidados para pets, enfrentando uma competição mais acirrada no mercado.
- Tendências Operacionais Fracas: Desde o IPO, a empresa tem observado um declínio em sua rentabilidade.
- Valuation Elevado: A Petz apresenta um valuation considerado alto, com um múltiplo Preço/Lucro (P/L) de 23 vezes para 2024 e 15 vezes para 2025.
- Desafio de Rentabilidade: A empresa ainda tem um longo caminho antes de seus retornos alcançarem o custo de capital.
Perspectivas Futuras para a Petz
A equipe de análise setorial de Consumo do BBA expressa preocupação com as tendências de mercado e a produtividade da empresa, afirmando que a deterioração da produtividade e da margem bruta pode impactar negativamente os retornos. Para 2024, não se prevê um ponto de inflexão claro para a Petz. A própria empresa sinalizou que não espera uma melhoria significativa em seus fundamentos estruturais este ano, mesmo com um ambiente macroeconômico mais favorável para o setor de varejo.
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