Operação SYMBOLIC da PF combate fraudes cambiais e evasão de divisas usando criptomoedas, investigando corretora.
A Polícia Federal iniciou a Operação SYMBOLIC para combater fraudes cambiais, evasão de divisas e lavagem de dinheiro com criptomoedas. O foco são empresas suspeitas de intermediação de pagamentos para apostas e investimentos no exterior. A ação resultou em mandados de busca e apreensão em Curitiba, Campinas e São Paulo, bloqueando bens e valores de até R$ 620 milhões.
Operação da PF desvenda esquema internacional de lavagem de dinheiro usando criptomoedas
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação SYMBOLIC, visando desmantelar um esquema internacional de evasão de divisas e lavagem de dinheiro com o uso de criptomoedas. A investigação concentra-se em empresas que supostamente intermediavam pagamentos para plataformas de apostas e investimentos no exterior.
As ações se estenderam por Curitiba, Campinas e São Paulo, resultando em cinco mandados de busca e apreensão e ordens de bloqueio de bens e valores, estimados em até R$ 620 milhões. O principal alvo é um brasileiro residente no Uruguai, ligado a empresas em Santana do Livramento, cujas movimentações financeiras atingiram a marca de R$ 15 bilhões entre 2019 e 2023.
A investigação revela o uso de métodos informais e criptomoedas para realizar remessas de dinheiro ao exterior, contando com o apoio de uma corretora de criptomoedas. A PF ressalta que o esquema pode estar ligado a práticas criminosas como estelionato eletrônico e tráfico de drogas, evidenciando a complexidade e gravidade do caso.
A Operação SYMBOLIC é resultado de uma colaboração entre a Delegacia de Polícia Federal em Santana do Livramento e o Grupo de Investigação para Repressão à Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros (LAFIN/RS).
Descoberta revela que milhares de contribuintes omitiram Bitcoin no Imposto de Renda
A Receita Federal do Brasil identificou uma significativa omissão de declaração de Bitcoin no Imposto de Renda, envolvendo 25.126 contribuintes que não informaram suas criptomoedas. Essa omissão resultou em um montante total de R$ 1,06 bilhão em Bitcoin não declarado. Cada um desses contribuintes tinha pelo menos 0,05 Bitcoin em suas carteiras digitais, o que equivale a cerca de R$ 10 mil.
A descoberta desse Bitcoin não declarado foi possível graças a uma investigação que combinou técnicas tradicionais de fiscalização com o uso de inteligência artificial para rastrear transações e identificar os contribuintes que omitiram seus ativos digitais.
Além disso, a Receita Federal revelou que recebeu um total de 237.369 declarações de Imposto de Renda que incluíam registros de investimentos em Bitcoin, somando um valor total de R$ 20,5 bilhões. A maioria dos declarantes (50,9%) tinha investimentos de até R$ 1 mil, enquanto 80,6% das pessoas físicas estavam na faixa de até R$ 10 mil em Bitcoin. No entanto, o fisco identificou alguns investidores que declararam possuir mais de R$ 1 milhão em criptomoedas.
Brasil se destaca com US$ 10,3 milhões em Fundos de Criptomoedas
Enquanto o mercado global de criptomoedas enfrentou saídas significativas no valor de US$ 500 milhões na última semana, o Brasil se destacou como uma exceção notável, registrando entradas no valor de US$ 10,3 milhões em fundos de criptomoedas.
Essa tendência contrária surpreendeu em comparação com os Estados Unidos, que observaram saídas de US$ 409 milhões no mesmo período. Além disso, Suíça e Alemanha também enfrentaram saídas consideráveis de US$ 60 milhões e US$ 32 milhões, respectivamente.
A análise da CoinShares sugere que as recentes quedas de preços, desencadeadas pelas saídas substanciais do ETF de Bitcoin à vista da Grayscale (GBTC), no valor de US$ 5 bilhões desde 11 de janeiro, provavelmente desencadearam movimentações para outras regiões.
No geral, as saídas do ETF da Grayscale na semana passada totalizaram US$ 2,2 bilhões, mas os dados indicam que as retiradas estão começando a diminuir à medida que o total diário diminui ao longo da semana. Por outro lado, os ETFs dos EUA recém-lançados registraram entradas de US$ 1,8 bilhão na semana passada, somando US$ 5,94 bilhões desde o lançamento em 11 de janeiro de 2024.
O Bitcoin liderou as movimentações, registrando saídas de US$ 479 milhões, enquanto o Bitcoin short recebeu entradas de US$ 10,6 milhões. As altcoins tiveram predominantemente saídas, com o Ethereum (ETH) registrando saídas de US$ 39 milhões. No entanto, a criptomoeda Solana (SOL) registrou entradas de US$ 3 milhões.
Por fim, a CoinShares destacou que ações de empresas focadas em blockchain também registraram novas entradas, totalizando US$ 17 milhões na semana passada, refletindo o crescente interesse na tecnologia blockchain em todo o mundo.