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A Polícia Federal deflagrou a “Operação Benesse” visando o ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho, e sua irmã, a prefeita Luanna Rezende.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal lançou a “Operação Benesse”, que tem como principal alvo o ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho. A operação ocorre principalmente no Maranhão, reduto eleitoral do ministro. Luanna Rezende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire (MA), também foi afastada do cargo.
A operação visa desarticular uma organização criminosa acusada de desviar verbas federais, fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Esta é a terceira fase de uma investigação que teve início em 2021.
Operação da Polícia Federal mira desvio de verbas e corrupção no Maranhão
A Polícia Federal deflagrou hoje a “Operação Benesse”, que tem como alvo o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho. A ação ocorre principalmente no estado do Maranhão, que é o reduto eleitoral do ministro. Um dos alvos secundários da operação é Luanna Rezende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire (MA), que foi afastada do cargo.
Segundo informações da Polícia Federal, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que estaria envolvida em desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Além disso, os envolvidos são suspeitos de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
A investigação teve início em 2021 e já passou por duas fases anteriores, denominadas “Operação Odoacro”. Esta terceira fase, chamada “Operação Benesse”, alcança o núcleo público da organização criminosa. A Polícia Federal também revelou que a operação envolve o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, indicando que ao menos um dos envolvidos possui foro privilegiado.
Em janeiro deste ano, veio a público que Juscelino Filho havia direcionado R$ 5 milhões de emendas parlamentares para asfaltar uma estrada que passa em frente à fazenda de sua família em Vitorino Freire. Este fato aumenta ainda mais a complexidade e a gravidade das acusações contra o ministro e sua família.
A operação também inclui medidas cautelares como o afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, além de ordens de indisponibilidade de bens. A investigação continua em andamento e mais detalhes deverão ser divulgados em breve.
Atualização: Barroso barra ação da Polícia Federal contra ministro das Comunicações
Em uma decisão que está gerando debates, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou um pedido da Polícia Federal para realizar buscas em endereços associados a Juscelino Filho, o ministro das Comunicações do governo Lula. O pedido fazia parte de uma operação da PF que tinha como objetivo investigar supostos desvios na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
Como mencionado, a operação da PF é um desdobramento da “Operação Odoacro”, que já teve duas fases anteriores e investiga uma série de crimes, incluindo fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. A decisão de Barroso de negar o pedido da PF levanta questões sobre a autonomia das investigações e o papel do Judiciário em casos de corrupção envolvendo figuras públicas.
De acordo com informações da Polícia Federal, a operação mirava o “núcleo público da organização criminosa” e envolvia a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense. Vale ainda ressaltar que a Codevasf já é conhecida por casos de corrupção que envolvem políticos principalmente da base do centrão.
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