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Polícia apreende R$ 50 milhões em cripto de golpista

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A Polícia Federal da Austrália (AFP) prendeu, recentemente, um homem de 32 anos acusado de criar e administrar uma plataforma de comunicação cripto chamada Ghost, supostamente utilizada por criminosos. A ação, batizada de Operação Kraken, resultou na apreensão de diversos bens do suspeito, incluindo eletrônicos e grandes somas em dinheiro.

No âmbito desta operação, um total de 46 prisões foram realizadas e 93 mandados de busca foram cumpridos, abrangendo diversas áreas ligadas ao caso. Esses números ressaltam a amplitude da investigação e o esforço das autoridades para desmantelar a rede de crimes associados à plataforma Ghost, que, segundo a polícia, era usada para facilitar atividades ilícitas.

Nesta quarta-feira (2), a Polícia Federal da Austrália fez um segundo anúncio significativo sobre a operação. Desta vez, a notícia girou em torno de um avanço crucial: a polícia conseguiu “decifrar a frase-semente” que deu acesso a uma carteira contendo cerca de R$ 50 milhões em criptomoedas que estavam sob posse do suspeito. Esse desenvolvimento demonstra as capacidades técnicas e investigativas das autoridades australianas em lidar com crimes digitais de alta complexidade.

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A frase-semente, um conjunto de palavras que permite o acesso a carteiras de criptomoedas, foi decifrada pelo CACT (Criminal Assets Confiscation Taskforce), uma força-tarefa liderada pela AFP e especializada em confiscar ativos adquiridos ilegalmente. O acesso foi possível após a análise de dispositivos digitais apreendidos na casa do suspeito, localizada em Narwee. Isso sugere que o suspeito, embora tivesse vasto conhecimento em tecnologia e segurança digital, não conseguiu evitar que as autoridades acessassem seus ativos.

A frase-semente pode ter sido recuperada de diferentes dispositivos, como uma carteira de hardware – famosa por sua segurança, mas não completamente infalível – ou um dispositivo eletrônico com criptografia menos robusta, como um pendrive. Embora os detalhes específicos sobre o dispositivo utilizado pelo suspeito não tenham sido divulgados, o sucesso da operação demonstra que as autoridades australianas estão bem preparadas e equipadas para enfrentar esse tipo de situação.

Após a recuperação da frase-semente, as criptomoedas foram transferidas para uma carteira controlada pela Polícia Federal da Austrália, que agora detém o controle sobre os fundos do suspeito. Scott Raven, comandante interino da AFP, destacou a importância dessa ação ao afirmar:

“A restrição desses ativos demonstra as capacidades técnicas e os poderes que a AFP, e nossos parceiros através do CACT, podem exercer sobre o crime organizado. Independentemente de você ter tentado escondê-los em imóveis, criptomoedas ou dinheiro, nós identificaremos seus bens adquiridos ilegalmente e os tiraremos de você, deixando-o sem nada.”

Além das criptomoedas apreendidas, a Operação Kraken resultou na apreensão de 200 kg de drogas, 30 armas de fogo, R$ 8,8 milhões em dinheiro e R$ 41,2 milhões em outros ativos. Esta foi a segunda vez que a polícia australiana conseguiu confiscar criptomoedas como parte de suas investigações. Isso demonstra não apenas a eficácia das forças de segurança em combater o crime organizado, mas também a crescente relevância das criptomoedas nas atividades ilegais e no esforço das autoridades para monitorar e confiscar esses ativos.

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Com a apreensão desses fundos, a Austrália se junta a um seleto grupo de países que possuem criptomoedas em sua posse. De acordo com informações da Bitcoin Treasuries, atualmente, os Estados Unidos são o maior detentor de Bitcoin no mundo, com o equivalente a R$ 67 bilhões em sua posse, resultado de apreensões em operações semelhantes. A expectativa é que, assim como ocorre em outros países, as autoridades australianas vendam esses ativos apreendidos em breve, transformando-os em recursos que possam ser utilizados em prol da sociedade. Apesar do valor ser relativamente pequeno em comparação ao mercado global de criptomoedas, essa quantia apreendida mostra o avanço das autoridades no enfrentamento do uso indevido desses ativos digitais.


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