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Política de preços da Petrobras após um ano tem efeito reduzido

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  • Redução nos preços dos combustíveis um ano após o fim da política de paridade de importação (PPI) na Petrobras
  • A Petrobras implementou o PPI em outubro de 2016, mantendo-o por seis anos e meio
  • Já o preço do diesel, portanto, durante a vigência do PPI, era apenas R$ 0,03 menor do que a referência internacional

Observa-se uma redução nos preços dos combustíveis um ano após o fim da política de paridade de importação (PPI) na Petrobras. Mesmo, que de forma moderada. Destaque para o gás de cozinha, vendido em média 10% abaixo da cotação internacional. Isto, segundo levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

A gasolina e o diesel registraram reduções mais modestas, cerca de 5%. Durante os últimos 12 meses, a estatal praticou preços da gasolina, em média, 6% abaixo da cotação do mercado internacional, enquanto o diesel S-10 permaneceu 7% abaixo da paridade de importação.

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A Petrobras implementou o PPI em outubro de 2016, mantendo-o por seis anos e meio. Essa medida resultou nos preços mais elevados da história do Brasil para gasolina, diesel e gás de cozinha em 2022. Em maio, a estatal encerrou o PPI e introduziu uma nova estratégia comercial, levando em consideração o preço mínimo que a Petrobras considera “aceitável” e o preço máximo que os “clientes estão dispostos a pagar”.

No último ano em que a política de preços (PPI) esteve em vigor, o Observatório informou que o botijão de 13 quilos de gás de cozinha nas refinarias da estatal estava 23% mais caro. Assim, em comparação com o preço estabelecido pelo PPI.

Levantamento de dados

Segundo levantamento, baseado nos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras cobrava R$ 9,68 a mais pelo botijão. Quando seguia o cálculo dos preços utilizando o PPI. Com o fim dessa referência, a Petrobras passou a comercializar o GLP R$ 3,68 mais barato do que a paridade de importação.

Quando a gestão da Petrobras implementou uma nova estratégia de preços em 17 de maio do ano passado, ela retirou, no entanto, o PPI do cálculo da gasolina e do diesel, porém decidiu mantê-lo como referência para o gás de cozinha.

“Inicialmente, o preço do GLP continuou sendo guiado pelas cotações de importação, mas houve uma inversão dessa prática no final de julho e, a partir daí, o preço vem sendo mantido abaixo do PPI”, explicou o economista Eric Gil Dantas.

Comércio de diesel e gasolina

Durante o último ano em que o PPI esteve em vigor, de 17 de maio de 2022 a 16 de maio do ano passado, a Petrobras estava vendendo a gasolina, em média, com uma redução de 2,5% em relação à paridade de importação, enquanto estava vendendo o diesel com uma diferença de cerca de 0,4%.

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Comparando os dois períodos, o observatório constatou que, durante a vigência do PPI, a gasolina da estatal custava aproximadamente R$ 0,08 abaixo da referência internacional. Um valor que, dessa forma, caiu para R$ 0,19 após a extinção da política de paridade de importação.

Já o preço do diesel, durante a vigência do PPI, era apenas R$ 0,03 menor do que a referência internacional. Após a eliminação dessa fórmula de preços, portanto, a diferença saltou para R$ 0,26.

“O levantamento demonstra que nossa exigência pelo fim do PPI era justa e correta. Com o fim desta política, houve redução concreta dos preços. Mas também revela que o abrasileiramento dos preços ainda não é realidade. A queda é muito tímida”, afirma Dantas.

Adaedson Costa, secretário-geral da FNP, afirma que Magda Chambriard, futura presidente da Petrobras, pode efetivamente nacionalizar os preços, seja aumentando a capacidade de refino no país, seja alterando a política de remuneração aos acionistas privados, que têm gerado, assim, dividendos recordes.

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