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Posto Texaco retorna ao Brasil e inaugura loja nesta quinta (31) em SC

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  • O Grupo Ultra reintroduz a marca Texaco no Brasil, começando com a inauguração de um posto em Palhoça, SC, nesta quinta-feira
  • Após a abertura em SC, a empresa planeja abrir mais dois postos no estado e expandir para o Rio de Janeiro e São Paulo
  • A Ipiranga firmou um contrato de licenciamento com a Chevron, ampliando uma parceria que começou em 2018 com a venda de lubrificantes Texaco
  • As pessoas percebem a Ipiranga como uma marca brasileira acolhedora, enquanto a Texaco se destaca internacionalmente pela sua tecnologia e performance
  • A rede Galo terá exclusividade para expandir a Texaco em Santa Catarina, promovendo uma abertura orgânica com mínima conversão de postos Ipiranga

O Grupo Ultra está revitalizando a presença da marca Texaco no Brasil, apostando na força de uma marca internacional que ressoa com o público A. Com a inauguração do primeiro posto Texaco marcada para amanhã na cidade de Palhoça, em Santa Catarina, a empresa planeja abrir mais dois estabelecimentos no estado até o final do ano, com planos de expansão para o Rio de Janeiro e São Paulo em um futuro próximo.

A Ipiranga, parte do Grupo Ultra, firmou um contrato de licenciamento com a Chevron, que já é um parceiro estratégico desde 2018, quando as duas companhias estabeleceram uma joint venture para comercializar lubrificantes Texaco no Brasil.

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Joint venture

Esta joint venture, chamada Iconic, alcançou um notável market share de 20,1% e, diante dos bons resultados, as empresas iniciaram diálogos para explorar novas oportunidades de colaboração, levando à decisão de reintroduzir os postos Texaco.

“Fizemos estudos não-estimulados e estimulados e ficamos surpresos que a Texaco é a quarta marca de postos mais lembrada pelos brasileiros, atrás apenas da Ipiranga, Shell e BR,” Bárbara Miranda, a vp de marketing e desenvolvimento de negócios.

A história da Texaco no Brasil remonta a 1915, com a abertura do primeiro posto em 1950. A marca operou no país até 2008, quando decidiu se retirar, contabilizando cerca de 2 mil postos em operação na época.

A saída da Texaco resultou na venda desses postos para o Ultra, que rebranding todos para a Ipiranga. Agora, com o retorno da Texaco, há uma clara estratégia de complementação entre as duas marcas.

Atrair consumidores

Bárbara, executiva do Grupo Ultra, enfatizou que a Ipiranga é vista como uma marca “brasileira, próxima e calorosa”. Enquanto a Texaco se destaca como uma “marca internacional, especializada e reconhecida pela sua performance e tecnologia. A intenção é atrair consumidores que já conhecem a Texaco de suas experiências no exterior e que buscam produtos de alta performance, especialmente os combustíveis aditivados.

“A Texaco é muito conhecida pelo seu aditivo Techron, que é muito focado na limpeza e na lubrificação do motor,” aponta ela.

“Nossa expectativa é que o share dos aditivados no consumo de gasolina dos postos Texaco seja superior à média do Brasil.

Atualmente, os combustíveis aditivados representam cerca de 20% do mercado no Brasil, um número que se alinha ao share da Ipiranga. Com esse cenário, o Ultra espera que os postos Texaco possam gerar uma rentabilidade superior à da Ipiranga, mesmo considerando os royalties que a empresa terá que pagar à Chevron.

“É claro que para extrair essa maior rentabilidade, o posto precisa estar na localização correta, numa região que tenha esse perfil de público”, completa.

O primeiro posto Texaco será operado pela rede Galo, um revendedor que já possui 30 postos, sendo 24 da Ipiranga e 6 de bandeira branca. Para a expansão da Texaco, o Ultra adotou um modelo inovador, garantindo exclusividade regional aos revendedores.

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Por exemplo, a rede Galo terá a exclusividade para expandir a marca em todo o estado de Santa Catarina, com a possibilidade de buscar outros revendedores se a Galo decidir não abrir um posto em uma determinada localidade.

Um aspecto interessante é que Paulo Ávila, fundador da rede Galo, tem um histórico pessoal com a Texaco. Na sua adolescência, ele trabalhou em um posto Texaco que pertencia a seu pai.

De forma “orgânica”

Bárbara afirmou que a equipe abrirá os novos postos de maneira orgânica, realizando poucas conversões de postos Ipiranga em Texaco.

“Poderá haver casos isolados, caso a marca se alinhe melhor ao perfil da região, mas o objetivo é que a Texaco complemente e amplie a rede atual”, explicou.

“Se fôssemos focar em expandir os volumes só com a marca Ipiranga, uma hora íamos começar a ter canibalização. Com a Texaco isso não acontece, porque podemos migrar postos de outras bandeiras concorrentes para ela, em regiões onde já temos Ipiranga”, conclui.

Com a reintegração da Texaco ao mercado, o Ultra vê uma oportunidade significativa para aumentar o volume de vendas. Atualmente, a Ipiranga opera mais de 6 mil postos em todo o Brasil, e a expectativa é que a Texaco contribua ainda mais para o crescimento do grupo no setor de combustíveis.

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