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Presidente do Banco Central analisa nova inflação de alimentos

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Durante um evento promovido pelo Estadão na última segunda-feira (23), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou o tema da inflação no Brasil. Ele observou que, apesar da tendência de queda da inflação ao longo do ano, há riscos de novas altas. A atenção especial de Campos Neto estava voltada para a volatilidade dos preços dos alimentos, que, segundo ele, está ligada ao fenômeno climático El Niño.

El Niño: um fator de volatilidade nos preços de alimentos

O El Niño é um fenômeno climático que envolve o aquecimento das águas na porção tropical ou equatorial do Oceano Pacífico, o maior oceano do planeta. Assim, esse fenômeno tem repercussões significativas na distribuição de chuvas e temperaturas em várias partes do mundo, afetando, em particular, as condições climáticas no Brasil.

Este ano, o Brasil enfrenta desafios decorrentes do El Niño, como o aumento do volume de chuvas no Sul do país. Enquanto isso, as regiões Norte e Nordeste experimentam períodos mais secos, com temperaturas acima da média no Sudeste, Centro-Oeste e oeste da Amazônia.

Em Santa Catarina, por exemplo, mais de 46 mil propriedades rurais já estão enfrentando os impactos das fortes chuvas. Um produtor de hortaliças nessa região prevê prejuízos que ultrapassam R$ 200 mil. Esses desequilíbrios climáticos afetam diretamente a produção agrícola, levando a flutuações nos preços dos alimentos, o que, por sua vez, impacta a inflação.

Estabilidade nos preços de energia

Além de abordar a volatilidade nos preços dos alimentos, Campos Neto também comentou sobre a estabilidade nos preços de energia. Ele observou que, após um período de instabilidade causado pela guerra em Israel, os preços da energia parecem ter se estabilizado.

No entanto, ele ressaltou que existe incerteza sobre os possíveis efeitos do conflito em Israel nos preços do petróleo, que é um componente crucial nos custos de energia em todo o mundo.

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Campos Neto também destacou que a desinflação em países desenvolvidos não está claramente relacionada aos Estados Unidos ou ao preço do petróleo. Isso levanta questões sobre as origens dessa tendência de desinflação em economias avançadas.

Portanto, a análise de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre a inflação no Brasil abordou os fatores que podem contribuir para novas altas nos preços, principalmente a volatilidade nos preços dos alimentos devido ao fenômeno climático El Niño. Além disso, ele examinou a estabilidade dos preços de energia e a incerteza associada aos efeitos da guerra em Israel nos preços do petróleo. O entendimento desses fatores é fundamental para a gestão da política monetária e econômica no Brasil, à medida que o país busca manter a estabilidade de preços e promover o crescimento sustentável.

Lula anunciará novos diretores do Banco Central, confirma Haddad

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Lula deve anunciar ainda nesta semana os novos diretores indicados para o Banco Central. Os nomes já estão com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e aguardam aprovação.

Fernando Haddad declarou que o presidente Lula já deu sua aprovação aos nomes dos indicados para o Banco Central. Assim, os novos diretores foram já passaram por alguns processos e estão prontos para nova jornada.

O ministro Haddad também destacou a importância de comunicar diretamente aos indicados antes do anúncio oficial. Ele expressou sua preocupação em garantir que os nomeados sejam informados antes de a notícia ser divulgada pela imprensa.

Mandatos em Jogo

Posteriormente, os mandatos dos atuais diretores do Banco Central, Fernanda Guardado e Mauricio Moura, terminam no final deste ano. Afinal, a intenção do governo é que as indicações passem por uma aprovação do Congresso antes do final de dezembro.

Em julho, o governo já nomeou Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino para a diretoria do Banco Central. Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, assumiu o cargo de diretor de política monetária do BC. Então, Ailton de Aquino dos Santos, um servidor de carreira do BC, foi um dos nomes para o cargo de diretor de fiscalização da instituição.

Dessa forma, os novos indicados passarão por um processo de sabatina no Senado antes de assumirem seus cargos no Banco Central. Esse é um procedimento padrão que permite que o Senado avalie a qualificação e a adequação dos nomeados para os cargos de direção no Banco Central.

Portanto, a indicação de novos diretores para o Banco Central é um passo importante no gerenciamento da política monetária e financeira do país. A confirmação de que o presidente Lula anunciará os nomes nesta semana traz um elemento de expectativa para o mercado financeiro e para o país como um todo. Agora, o foco se volta para a sabatina no Senado e a aprovação dos indicados, que terão a responsabilidade de contribuir para a estabilidade econômica do Brasil.

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Banco do Brasil (BBAS3) recompra cerca de US$ 750 milhões em oferta; entenda

Na quinta-feira, 19 de outubro, o Banco do Brasil (BBAS3) informou sua intenção de recomprar cerca de US$ 750 milhões em bônus perpétuos emitidos pela instituição. Essa ação destaca a estratégia do banco em otimizar sua estrutura de capital e gerar benefícios para a instituição financeira.

O Banco do Brasil estabeleceu um prazo para a recompra que permanecerá aberto até o dia 2 de novembro. Além disso, o banco tem a flexibilidade de prorrogar esse prazo, se necessário. Essa decisão demonstra o compromisso da instituição em realizar a recompra de maneira eficaz e estrategicamente vantajosa.

Inicialmente, o Banco do Brasil estava visando um volume de recompra de até US$ 1 bilhão desses bônus perpétuos. Esses títulos, que têm uma taxa de juros de 9% ao ano, fazem parte dos esforços do banco para gerenciar seu passivo de forma eficiente e otimizar sua estrutura de capital.

Impacto no capital complementar de nível I

Por outro lado, a recompra desses bônus perpétuos terá implicações no capital complementar de nível I do Banco do Brasil. Portanto, no relatório, o banco afirmou que, após a recompra de US$ 746,8 milhões desses títulos, o capital complementar de nível I, que era de 14,13% em 30 de junho, será reduzido em aproximadamente 32 pontos base na data do exercício da recompra.

É importante ressaltar que, mesmo com essa redução, o capital complementar permanecerá em um patamar superior ao nível regulatório. Isso indica que a instituição financeira está comprometida em manter sua posição de capital, que é fundamental para garantir sua estabilidade e solidez no mercado.

Dessa forma, a decisão de recomprar os bônus perpétuos reflete sua estratégia de gerenciamento de capital e otimização de sua estrutura financeira. O prazo estendido para a recompra e a flexibilidade para prorrogá-lo demonstram o compromisso da instituição em realizar essa operação de maneira eficaz. Portanto, a redução no capital complementar de nível I, não ameaça a solidez financeira do banco, que permanecerá bem acima dos níveis regulatórios.

Banco do Brasil é a ação perfeita para “blindar” sua carteira de investimentos

O Bradesco, uma das principais instituições financeiras do Brasil, elevou sua recomendação para o Banco do Brasil, chamando-o de “uma fortaleza protegida por uma alta lucratividade, um sólido capital e dividendos atrativos.” A recomendação passou de ‘neutra’ para ‘compra’, com um preço-alvo de R$ 60 por ação, o que representa um potencial de alta de cerca de 28%.

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O analista Gustavo Schroden, responsável pela recomendação, destacou vários pontos que sustentam essa decisão. Em primeiro lugar, ele mencionou o valuation “muito atrativo” do Banco do Brasil, o que o torna uma opção interessante para os investidores. Além disso, Schroden observou um crescimento “decente” nos lucros, estimando um aumento de 10% no ano seguinte.

Dividendos acima da média

O dividendo oferecido pelo Banco do Brasil também foi destacado como um atrativo significativo. O analista afirmou que os dividendos do banco estatal estão “bem acima” da média dos grandes bancos, o que pode ser um incentivo para os investidores que buscam retornos consistentes.

O analista prevê que o Banco do Brasil continuará apresentando um bom crescimento do net interest income (NII) em 2024, mesmo diante de uma esperada desaceleração econômica. Além disso, ele acredita que a qualidade dos ativos do banco está sob controle, o que deve contribuir para a estabilidade no cost of risk.

Com base em suas análises, o Bradesco estima que o Banco do Brasil deve entregar bons resultados no próximo ano, com um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 20% e 21%. O analista também elevou suas projeções para o lucro recorrente do Banco do Brasil em 7,2% para o próximo ano e em 11% para 2025.

Apesar de reconhecer os riscos associados a um banco estatal, o Bradesco acredita que o Banco do Brasil demonstrou melhorias significativas em seus resultados. No entanto, mesmo com essas melhorias, o banco ainda é negociado com um desconto relevante em relação à média histórica do setor.

Segundo as estimativas do Bradesco, o Banco do Brasil negocia a 0,8 vezes o valor contábil (book) e a 3,5 vezes o lucro estimado para o próximo ano. Esses números representam descontos de 16% e 39% em relação à média histórica, tornando-o uma opção atraente para os investidores que buscam valor.

Outro ponto positivo que o Bradesco ressaltou são os dividendos do Banco do Brasil. A instituição financeira estima que o banco estatal pagará um dividend yield de 11,6% no próximo ano, em comparação com uma média de 4,5%.


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