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Redes sociais virarão bancos graças a IA aponta relatório

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A inteligência artificial (IA) está promovendo uma transformação no setor bancário, com foco inicial em ganhos de produtividade, mas a verdadeira revolução deverá ocorrer na experiência do usuário. Segundo o relatório “Estudo de tecnologias emergentes para o setor bancário”, lançado pela Febraban e Accenture, a IA generativa integrará serviços bancários em aplicativos de mensagens instantâneas, como WhatsApp, e redes sociais, criando uma experiência personalizada e multimodal.

De acordo com o relatório, os usuários poderão realizar transações financeiras por meio de texto, áudio, fotografia ou vídeo, eliminando a necessidade de aplicativos bancários tradicionais. Além disso, assistentes virtuais, movidos por IA, estarão prontos para interagir em tempo real com os usuários, proporcionando uma interface conversacional mais simples e intuitiva.

No Brasil, algumas instituições já desenvolvem soluções para realizar transações, como pagamentos via PIX, diretamente pelo WhatsApp. No futuro, agentes autônomos de IA poderão gerenciar operações financeiras de forma independente, como pagamentos e gestão de portfólios de investimento, com base nos parâmetros e no perfil dos usuários.

Casos de uso e desafios para a implementação da IA

O estudo identificou 127 casos de uso da IA no setor bancário, incluindo a automação de tarefas repetitivas, como geração de relatórios e documentos jurídicos, que já resultam em ganhos de produtividade de até 35%. A adoção da IA está transformando a forma como sistemas complexos são desenvolvidos e mantidos, com agentes de IA auxiliando na escrita de código, correção de bugs e supervisão em tempo real de sistemas, melhorando a performance e reduzindo falhas.

Porém, os bancos enfrentam desafios técnicos e culturais para integrar a IA de forma eficiente. A dependência de sistemas legados dificulta a modernização, e a governança de dados, somada à regulamentação adequada, se torna fundamental para garantir a integridade e a segurança dos dados dos usuários.

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Enquanto fintechs e bancos digitais impulsionam a inovação, os bancos tradicionais sentem a pressão de competir em um mercado cada vez mais dinâmico e digital, conclui o relatório.

Banco Central quer integrar IA e monetização de dados ao Pix

Ainda sobre IAs, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, anunciou recentemente que a instituição está avançando na integração da inteligência artificial e da monetização de dados com os blocos de inovação já existentes, como o Pix, Drex, Open Finance e a Internacionalização da moeda. Essas adições visam transformar o sistema financeiro brasileiro, oferecendo aos cidadãos maior acesso e controle sobre seus recursos financeiros e dados pessoais.

Atualmente, o Pix, Drex, Open Finance e a Internacionalização da moeda compõem os quatro pilares fundamentais da agenda de inovação do Banco Central do Brasil (BCB). Contudo, para o futuro, os planos envolvem a expansão dessas ferramentas com a inclusão de novos blocos voltados para a inteligência artificial (IA) e a monetização de dados. Campos Neto revelou que o BCB já iniciou pesquisas com IA, destacando a inauguração do Centro de Excelência de Ciência de Dados e Inteligência Artificial (CdE IA) em 30 de agosto de 2024.

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Expansão da Agenda de Inovação do BCB

Durante uma palestra no Conexão 50 – Encontro de Líderes de Franchising, promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em São Paulo, Campos Neto abordou o impacto da inflação, a política monetária e os planos futuros da agenda de inovação do BCB. Ele destacou que a integração dos novos blocos de IA e monetização de dados visa aumentar a eficiência do sistema financeiro, proporcionando uma experiência mais dinâmica e segura para os usuários.

Segundo Campos Neto, a integração da inteligência artificial e da monetização de dados ao Pix, Drex e Open Finance ainda está em fase de desenvolvimento, sem uma data específica para implementação. No entanto, a criação do CdE IA demonstra que o BCB está comprometido em avançar rapidamente com essas inovações. O centro tem como objetivo fomentar a evolução e aplicação da ciência de dados e IA dentro da instituição, alinhando-se às melhores práticas internacionais e ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação 2020-2025.

Centro de Excelência em IA e suas funções

O CdE IA foi criado para atuar de forma consultiva e propositiva, com uma comunidade de práticas formada por especialistas sob a coordenação do Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central (Deinf). Haroldo Cruz, Chefe do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, afirmou que o intuito é aumentar a eficiência e a produtividade dos processos internos, utilizando IA de maneira segura e governada. “Nosso intuito é aumentar a eficiência e a produtividade nos processos de negócio do BC utilizando ferramentas inovadoras, especialmente com o emprego de inteligência artificial, de forma segura e governada”, destacou Cruz.

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O centro terá a responsabilidade de sugerir diretrizes de governança para o desenvolvimento e uso seguro de IA, além de propor requisitos para produtos e serviços que utilizem IA generativa. O CdE IA também deverá sugerir um programa permanente com ações de capacitação em ciência de dados e IA para os servidores do BC, garantindo que todas as áreas da instituição estejam preparadas para lidar com as novas tecnologias.


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