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- A SteelCorp, de Roberto Justus, está em uma nova rodada de captação com a expectativa de dobrar sua avaliação em relação ao investimento anterior da gestora Reag, que adquiriu 30% da empresa
- Os recursos captados serão utilizados para triplicar a capacidade produtiva da SteelCorp, com a transferência da fábrica de Cotia para uma nova unidade em Cajamar, que terá 17 mil metros quadrados
- A SteelCorp utiliza a técnica de light steel frame, oferecendo soluções ágeis e sustentáveis, e já está envolvida em projetos como a reforma do estádio do Red Bull Bragantino
- A empresa espera faturar R$ 600 milhões em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025, diversificando seus projetos em setores como construção de data centers e empreendimentos residenciais
A SteelCorp, empresa de Roberto Justus voltada para a fabricação e construção de projetos modulares, está em uma nova rodada de captação de recursos. Essa iniciativa visa impulsionar o crescimento da companhia. Com a expectativa de dobrar sua avaliação em comparação ao investimento realizado pela gestora Reag, que adquiriu 30% das ações da SteelCorp em 2023.
Embora a empresa ainda não tenha divulgado os detalhes da negociação com o novo investidor, como valores e porcentagem de participação, ela já submeteu documentos relevantes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
“O negócio já foi fechado. É mais uma capitalização – e a última. A próxima, eventualmente, será um negócio de liquidez maior, mas é o último sócio que vou aceitar na empresa. É importante para financiar todo o nosso crescimento”, aponta Roberto Justus, CEO da SteelCorp, ao InfoMoney.
Recursos captados
A SteelCorp utilizará os recursos captados para triplicar sua capacidade produtiva. Dessa forma, planejando transferir sua fábrica de 7 mil metros quadrados em Cotia para uma nova instalação de 17 mil metros quadrados em Cajamar.
Atualmente, além da participação da Reag, Roberto Justus detém 52% do capital da empresa. Seu sócio Daniel Gispert possui 15%. Enquanto o sócio responsável pelo SteelBank, o braço financeiro da SteelCorp, detém 3% das ações.
Projetos em expansão
Durante esse processo de captação, a SteelCorp continua a firmar contratos em um mercado em ascensão no Brasil. Em contraste com os tradicionais empreendimentos de alvenaria, que representam cerca de 90% das construções no país. A SteelCorp, contudo, utiliza a técnica de light steel frame, que emprega estruturas de aço, gesso e elementos térmicos e acústicos em construções a seco.
Um exemplo notável dessa abordagem é o projeto que a SteelCorp está realizando para o Red Bull Bragantino, que está passando por reformas no estádio municipal Cícero de Souza Marques, enquanto aguarda melhorias em sua casa, o Nabi Abi Chedid.
“Como o Red Bull Bragantino tinha a ideia de fazer esse estádio que vai durar alguns anos, mas não será definitivo, foi a melhor solução na visão deles”, aponta Justus.
Neste projeto, a SteelCorp não apenas cuidará da terraplanagem, mas também da construção de uma nova estrutura quase do zero, utilizando o método light steel frame. A fábrica produz as peças de metal sob medida. Assim, incluindo as instalações hidráulicas e elétricas, de forma semelhante ao brinquedo “Lego”, onde as peças se encaixam para formar o produto final. Além disso, o material pode ser reciclado se a estrutura for desmontada.
Projeções ambiciosas
A SteelCorp não limita suas operações apenas a estádios de futebol. A empresa espera faturar R$ 600 milhões em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025. Assim, atuando em diversos segmentos da construção. Isso inclui projetos como o complexo de data centers da Sacala Data Centers em Barueri. E, a construção de 42 casas em um condomínio em Indaiatuba.
Roberto Justus ressalta que a visão da SteelCorp é evoluir de um modelo que prioriza a execução de obras para um que foca em “produzir e projetar”.
“No futuro, nosso cenário ideal será fabricar os módulos, seja qual for a necessidade das obras, e deixar que o cliente contrate de terceiros na produção”, completa Justus.
Essa abordagem posiciona a SteelCorp como uma empresa não apenas de construção, mas de soluções integradas que podem transformar o setor de construção modular no Brasil.
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