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- A Sanepar (SAPR4) registrou lucro líquido de R$ 377,5 milhões no 3T24, com uma queda de 4,9% em relação ao ano passado
- O desempenho foi influenciado pelo reajuste tarifário de 2,95% em maio de 2024 e pelo crescimento nos volumes faturados e número de ligações
- A receita líquida da companhia aumentou 6,5%, alcançando R$ 1,709 bilhão, impulsionada pelo reajuste tarifário e expansão dos volumes
- No entanto, os custos operacionais subiram 15,1%, com destaque para o aumento nas despesas de pessoal e energia elétrica
- A relação dívida líquida/Ebitda foi de 1,7x no 3T24, ligeiramente superior ao 1,6x do mesmo período de 2023
- A Sanepar investiu R$ 503 milhões em infraestrutura, com foco em expansão e manutenção dos serviços, sinalizando uma estratégia de crescimento contínuo
A Sanepar (SAPR4) apresentou seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2024, registrando um lucro líquido de R$ 377,5 milhões, o que representa uma queda de 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A redução no lucro líquido foi influenciada por vários fatores, incluindo o reajuste tarifário de 2,95% implementado em maio de 2024, o crescimento nos volumes faturados de água e esgoto e o aumento no número de ligações de clientes.
Esses fatores, embora positivos em termos de receita, não foram suficientes para compensar as pressões nos custos e despesas operacionais, resultando em uma diminuição no lucro da companhia.
Ebitda
O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) da Sanepar foi de R$ 758,5 milhões, uma redução de 2,5% em comparação com os R$ 777,7 milhões registrados no terceiro trimestre de 2023. A queda no Ebitda reflete o efeito do reajuste tarifário, que embora tenha impulsionado as receitas, também teve um impacto sobre a eficiência operacional da empresa.
A margem Ebitda caiu para 44,4%, uma redução de 4,0 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, o que indica uma pressão maior sobre os custos operacionais e um menor desempenho nas operações.
No entanto, a companhia conseguiu melhorar seu resultado financeiro, que apresentou uma redução no prejuízo em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O resultado financeiro foi negativo em R$ 48,8 milhões, mas isso representou uma melhora de 25,11% em comparação com o prejuízo de R$ 65,1 milhões registrado em 2023, fruto de melhorias nas despesas financeiras da empresa.
Desempenho Operacional e Receita
A receita líquida no terceiro trimestre de 2024 alcançou R$ 1,709 bilhão, um crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2023. O reajuste tarifário, o crescimento nos volumes faturados de água e esgoto, e o aumento no número de ligações impulsionaram principalmente o aumento na receita, contribuindo para a expansão da base de clientes da Sanepar.
Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 1,093 bilhão, um aumento de 15,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Dentre os principais aumentos, destacam-se as despesas com pessoal, que subiram 30,9%, totalizando R$ 432,8 milhões, refletindo provavelmente ajustes salariais ou aumentos no quadro de funcionários.
As despesas com materiais tiveram uma leve redução de 3,2%, enquanto as despesas com energia elétrica aumentaram 7,5%, um reflexo dos custos mais elevados de energia no período.
Endividamento e Investimentos
O nível de endividamento da Sanepar também apresentou sinais mistos. A relação dívida líquida/Ebitda acumulada em 12 meses foi de 1,7x no 3T24, um pequeno aumento em relação ao índice de 1,6x registrado no 3T23, sinalizando um leve aumento no endividamento da companhia.
Por outro lado, os investimentos realizados pela empresa somaram R$ 503 milhões no trimestre, o que representa um aumento de 2,4% em comparação ao mesmo período de 2023. Esses investimentos focaram na expansão e manutenção da infraestrutura da companhia, fundamentais para sustentar o crescimento e a melhoria contínua dos serviços prestados aos consumidores.
Em resumo, embora a Sanepar tenha experimentado um aumento nas receitas e tenha conseguido melhorar seu resultado financeiro, o impacto do reajuste tarifário, as pressões sobre os custos operacionais e os desafios no aumento do endividamento limitam o crescimento do lucro líquido da empresa no período. A companhia seguirá buscando alternativas para otimizar suas operações e aumentar a eficiência operacional, a fim de superar essas adversidades nos próximos trimestres.
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