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O mercado está a cada dia mais preocupado com fatores ambientais e de sustentabilidade, os famosos conceitos ESG. No entanto, quando se fala de companhias que lidam diretamente com o meio ambiente, as questões se tornam ainda mais relevantes.
Para evitar as críticas do mercado, a SLC Agrícola (SLCE3) prestou esclarecimento relativo à matéria veiculada no jornal Valor Econômico, na segunda-feira (23), com o título “Gestora exclui SLC de aportes por relatos de violação ambiental”.
A SLC Agrícola disse que as transformações de áreas ocorridas até agosto de 2021 foram realizadas com as respectivas licenças ambientais dos órgãos ambientais pertinentes, sem ter realizado nenhuma violação socioambiental neste processo.
A partir de 31 agosto de 2021, a companhia divulgou junto ao mercado a Política de Desmatamento Zero. O objetivo dessa política é definir regras para o uso do solo, mantendo a integridade dos sistemas naturais e eliminando conversões de vegetação nativa para desenvolvimento de atividades agrícolas e da pecuária. O escopo envolve as áreas próprias e arrendadas atualmente existentes no portfólio da empresa e negócios futuros, alinhados ao modelo de negócios atual, conforme explicou a companhia.
É o momento de comprar as ações?
O JP Morgan elevou seu preço-alvo de R$ 52 para R$ 59 — um upside de 20% em relação ao preço de tela — e aumentou sua estimativa para o EBITDA em 2024. O banco agora projeta EBITDA de R$ 2,8 bilhões, 11% acima da estimativa anterior e 36% acima do consenso do mercado.
“Essas revisões são baseadas na premissa de que os custos dos fertilizantes vão cair em 2024, o que achamos bem provável,” escreveu o analista Lucas Ferreira.
Para eles, o otimismo com a tese da SLC tem a ver com a produtividade crescente da companhia por conta de um melhor clima na safra de 22/23; a reabertura da China, que deve turbinar a demanda; a perspectiva de que os custos retornem aos níveis históricos; e preços mais atrativos para as commodities agrícolas.
O JP também disse que o valuation da SLC está atrativo, com o papel negociando a um free cash flow yield de 13% e 16,5% para 2023 e 2024, respectivamente, e a 3,8x e 2,6x o EBITDA. Já o Bank of America manteve a recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 54, um upside de 11%.
O banco disse que a SLC combina forte geração de caixa, um controle de custos exemplar, e o potencial para crescimento inorgânico.
Além disso, a companhia também tem retornado capital aos investidores por meio de dividendos e recompras de ações, diz o banco. O BofA também anunciou que lançou uma nova análise para acompanhar a performance das fazendas da SLC durante os períodos de plantio.
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