Guia do Investidor
Imagem/Reprodução: ibovespa-b3
Notícias

Selic em um dígito: Fundos aguardam a redução na taxa

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

A alta taxa Selic, está impulsionando investidores locais a se afastarem do mercado de ações, resultando em níveis historicamente baixos de exposição aos fundos de ações. Isso deixa o Ibovespa inatrativo para investidores estrangeiros. Embora o Banco Central brasileiro tenha reduzido a Selic nos últimos meses, desde agosto de 2023, estrategistas do JPMorgan e do Bank of America afirmam que os investidores brasileiros só retomarão o interesse na bolsa quando as taxas de juros caírem para um dígito, algo que o mercado projeta para a segunda metade do ano. Com os fundos locais mantendo uma postura cautelosa, o Ibovespa tem oscilado, influenciado pelo sentimento externo nos últimos meses.

Ibovespa a 20% em 2024

Apesar das previsões otimistas de analistas de grandes instituições financeiras, que estimam um aumento de até 20% no Ibovespa este ano devido aos cortes nas taxas de juros pelo Fed, os fundos locais reduziram sua exposição em ações para 9%, aproximando-se das mínimas históricas de 8%, conforme relatórios de janeiro do JPMorgan indicam. O Ibovespa teve um aumento de 19% nos últimos dois meses de 2023, impulsionado por compras estrangeiras de R$ 38,5 bilhões em ações. Contudo, registrou uma queda de 4,8% em janeiro, com uma saída de R$ 7,9 bilhões, motivada pelas expectativas de que o Fed manterá as taxas de juros elevadas por mais tempo. Em fevereiro, até o dia 21, a saída de estrangeiros já atingiu R$ 10,1 bilhões.

Leia mais  Ibovespa sobe após divulgação do arcabouço fiscal; Wall Street oscila entre balanços e dúvidas sobre juros

Expectativas

David Beker, Head do Bank of America, prevê que a trajetória do mercado continuará sendo influenciada a curto prazo pelos investidores estrangeiros. Os fundos brasileiros enfrentaram resgates líquidos significativos, totalizando R$ 128 bilhões no ano passado, de acordo com a Anbima. Fundos multimercado e de ações tiveram saídas de R$ 134,3 bilhões e R$ 17 bilhões, respectivamente.

AO mercado é pessimista, com as ações brasileiras apresentando desempenho inferior aos seus pares na América Latina. Investidores americanos começaram a retirar dinheiro do mercado de ações brasileiro. O iShares MSCI Brazil (ETF) teve saídas de US$ 202 milhões na terça-feira (20), impulsionadas por preocupações com a China, especialmente em relação a grandes empresas como a Vale.

Apesar dos riscos contínuos, o Santander e outros 13 bancos e assets mantêm suas perspectivas inalteradas, apostando em ganhos de até 20% para o Ibovespa em 2024.

Selic vai continuar em queda? Santander revela projeções

O banco Santander atualizou suas expectativas para o cenário econômico brasileiro, prevendo uma desaceleração inflacionária mais rápida que o esperado e antecipando uma queda mais acentuada na taxa Selic para os próximos anos. A revisão acontece mesmo após um aumento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do previsto em janeiro, o que havia causado uma abertura no DI (Depósito Interfinanceiro) na véspera.

Leia mais  O rally vai continuar? Ibovespa abre no zero a zero pressionado por investidores

Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander, destacou em relatório que a dinâmica de desinflação no Brasil tem surpreendido positivamente, o que permite antecipar um ciclo mais extenso de redução de juros. Inicialmente, a expectativa era de que a Selic encerrasse 2024 em 9,5%. Contudo, diante de um panorama inflacionário mais favorável e o início do ciclo de redução de juros nos Estados Unidos e outras grandes economias, o banco agora projeta a Selic em 8,5% ao final de 2024 e em 7,5% em 2025.

Projeção de IPCA e Impacto das Commodities

Para o IPCA de 2024, o Santander revisou sua projeção de 3,9% para 3,4%, creditando a expectativa de preços mais baixos das commodities agrícolas e industriais como um fator chave para a contenção da inflação. A instituição alerta, porém, para os riscos de alta na inflação, incluindo o mercado de trabalho tensionado, ajustes no salário mínimo acima da inflação e incertezas geopolíticas.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o Santander elevou sua estimativa de crescimento de 1,2% para 1,5% em 2024, aproximando-se do consenso de mercado. O banco atribui essa perspectiva mais otimista ao aumento dos gastos das famílias, impulsionados por um cenário de emprego favorável, e ao incremento nos gastos governamentais, incluindo o pagamento de precatórios e medidas parafiscais que devem estimular a demanda interna.

Leia mais  Investimentos via plataformas em fundos de varejo cresce 100 vezes em uma década

Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Sem Ibovespa, índice em dólar do Brasil recua acompanhando perdas em Wall Street

Rodrigo Mahbub Santana

Ibovespa sobe com queda dos juros futuros; bolsas de NY fecham mistas

Rodrigo Mahbub Santana

Ibovespa abre com alta acompanhando os ganhos curtos de seus principais ativos

Paola Rocha Schwartz

XP vê Intelbras como oportunidade de investimento

Rodrigo Mahbub Santana

Ibovespa fecha em leve alta impulsionada por Petrobras e Vale

Rodrigo Mahbub Santana

Morgan Stanley reduz recomendação para ações brasileiras e cita risco fiscal

Rodrigo Mahbub Santana

Deixe seu comentário