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O banco Santander atualizou suas expectativas para o cenário econômico brasileiro, prevendo uma desaceleração inflacionária mais rápida que o esperado e antecipando uma queda mais acentuada na taxa Selic para os próximos anos. A revisão acontece mesmo após um aumento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do previsto em janeiro, o que havia causado uma abertura no DI (Depósito Interfinanceiro) na véspera.
Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander, destacou em relatório que a dinâmica de desinflação no Brasil tem surpreendido positivamente, o que permite antecipar um ciclo mais extenso de redução de juros. Inicialmente, a expectativa era de que a Selic encerrasse 2024 em 9,5%. Contudo, diante de um panorama inflacionário mais favorável e o início do ciclo de redução de juros nos Estados Unidos e outras grandes economias, o banco agora projeta a Selic em 8,5% ao final de 2024 e em 7,5% em 2025.
Projeção de IPCA e Impacto das Commodities
Para o IPCA de 2024, o Santander revisou sua projeção de 3,9% para 3,4%, creditando a expectativa de preços mais baixos das commodities agrícolas e industriais como um fator chave para a contenção da inflação. A instituição alerta, porém, para os riscos de alta na inflação, incluindo o mercado de trabalho tensionado, ajustes no salário mínimo acima da inflação e incertezas geopolíticas.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), o Santander elevou sua estimativa de crescimento de 1,2% para 1,5% em 2024, aproximando-se do consenso de mercado. O banco atribui essa perspectiva mais otimista ao aumento dos gastos das famílias, impulsionados por um cenário de emprego favorável, e ao incremento nos gastos governamentais, incluindo o pagamento de precatórios e medidas parafiscais que devem estimular a demanda interna.
Apesar da melhora na arrecadação a curto prazo, o Santander mantém a projeção de um déficit primário de 0,9% em 2024, observando que a meta de zerar o déficit permanece desafiadora. A discrepância para alcançar o resultado previsto no orçamento é estimada em cerca de R$ 290 bilhões em receitas líquidas, o que pode levar a discussões sobre a revisão da meta fiscal na próxima avaliação do orçamento em maio.
Brasil e Chile: Líderes Econômicos da América Latina em 2024
Segundo o Mastercard Economics Institute, o Brasil e o Chile estão a caminho de se tornarem potências econômicas na América Latina em 2024, impulsionados por uma economia fortalecida, redução da inflação e taxas de juros favoráveis. Com um crescimento real dos gastos do consumidor de 1,9% e uma inflação projetada de 4,1%, o cenário para o Brasil é particularmente promissor.
Especialistas, como Fernando Lamounier da Multimarcas Consórcios, destacam o Brasil como a nona maior economia global, prevendo um aumento na confiança de investidores e consumidores. A Selic, taxa de juros básica do país, é projetada para 9% em 2024, refletindo expectativas positivas.
No entanto, desafios permanecem. Uma desaceleração econômica em grandes parceiros comerciais como China e Estados Unidos poderia afetar o crescimento. Ainda assim, a tendência de queda na inflação e estabilização econômica global, com um PIB mundial esperado de crescer 2,9%, sinaliza um ambiente favorável para avanços significativos.Se você quer estar à frente no jogo dos investimentos, confira as recomendações essenciais que preparamos para você se destacar em 2024. Compreendemos que cada investidor possui objetivos e perfis de risco distintos. Por isso, em nosso portal, oferecemos sugestões que se adaptam a diferentes necessidades, desde o investidor mais conservador até o mais audacioso! Não deixe de clicar aqui para conferir!
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