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- Em seis meses de Milei, a economia argentina apresenta sinais de recuperação econômica e uma desaceleração significativa da inflação
- Milei implementou reformas econômicas abrangentes, entradas em privatizações, desregulamentações e cortes de subsídios
- A inflação, um dos maiores entraves econômicos do país, apresentou uma queda notável
Sob a liderança de Javier Milei, a economia argentina apresenta sinais de recuperação notáveis, acompanhados por uma desaceleração significativa da inflação, embora ainda enfrente desafios substanciais.
Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Milei implementou uma série de reformas econômicas abrangentes. Estas reformas, centradas em privatizações, desregulamentações e cortes de subsídios, visam equilibrar as contas públicas e estabilizar a economia.
Em fevereiro de 2024, a Argentina registrou um superávit fiscal de 338,1 bilhões de pesos, o primeiro para o mês desde 2012. Este resultado positivo é fruto de políticas fiscais rigorosas e do aumento de tributos, refletindo a estratégia do governo para corrigir os desequilíbrios macroeconômicos do país.
A inflação, um dos maiores entraves econômicos do país, apresentou uma queda notável. A taxa mensal de inflação reduziu de 25% em dezembro para 13,2% em fevereiro de 2024.
Projeções indicam que essa tendência de queda continuará nos próximos meses. O Banco Central da Argentina reduziu inesperadamente a taxa básica de juros de 100% para 80%, um movimento que reforça a confiança na política monetária do governo Milei.
Apesar desses avanços, a economia argentina ainda enfrenta desafios consideráveis. O peso argentino desvalorizou-se significativamente, perdendo metade de seu valor desde que Milei assumiu o cargo. A inflação anual, embora em queda, ainda está entre as mais altas do mundo, atingindo 276,2% em fevereiro de 2024.
Resposta do mercado financeiro
No entanto, a resposta dos mercados financeiros tem sido positiva em vários aspectos. A bolsa de valores argentina registrou um aumento de 54% nos primeiros meses do governo Milei. Além disso, o risco país, medido pelo Credit Default Swap (CDS), caiu 1.739 pontos, sinalizando uma melhora na confiança dos investidores internacionais na economia argentina.
Em suma, sob a administração de Javier Milei, a Argentina está mostrando sinais promissores de recuperação econômica e uma desaceleração da inflação.
No entanto, a estabilidade cambial e o controle inflacionário a longo prazo permanecem como desafios cruciais que o governo precisará enfrentar para garantir um crescimento sustentável e inclusivo.
Argentina registrou primeiro superávit trimestral com gestão Milei
Quando Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023, a inflação anual estava acima de 200%. Em novembro, os preços haviam subido mais de 160%.
Em abril, a inflação acumulada atingiu 289,4%. No entanto, a tendência está diminuindo, marcando a quarta queda consecutiva, com 8,8% em abril, comparado a 11% em março.
Segundo analistas consultados pela CNN Brasil, o “tratamento de choque” proposto por Milei durante sua campanha está direcionando o país para o controle econômico.
“O governo Milei entendeu que a Argentina estava em uma situação macroeconômica muito complicada”, afirma Camilo Tiscornia, professor de macroeconomia na Argentina.
“Por trás do grande problema de inflação da Argentina está o permanente déficit fiscal. Então, eliminá-lo, como está fazendo o governo atual, é um passo na direção correta”, complementa.
Na posse, o governo argentino enfrentava um déficit primário de quase 3% do PIB. O tratamento de choque começou de imediato, com o “decretaço” de Milei, que incluiu cortes de investimentos na indústria e no comércio, a revogação de leis ambientais e políticas para facilitar a privatização de estatais.
Além disso, foram anunciados cortes nos subsídios para gás, eletricidade, combustíveis e transportes públicos. Em março, o resultado foi evidente: o governo argentino registrou seu primeiro superávit trimestral desde 2008, acumulando 275 bilhões de pesos em caixa.
“A inflação caiu porque o gasto público caiu. A gente tem uma redução tremenda no gasto, ou seja, a demanda do estado hoje é muito menor”, comentou Mauro Rochlin, economista e professor da FGV.
“Acho que o país caminha na direção certa uma vez que a gente tem uma redução muito acentuada da inflação”, ele completou.
A atividade econômica no país, no entanto, está em declínio. Em março, houve uma queda de 8,4% em relação a fevereiro, marcando o quinto mês consecutivo de retração.
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