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Três dicas para planejar uma aposentadoria ideal

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À medida que o tempo passa, a perspectiva de desfrutar de uma aposentadoria tranquila se torna cada vez mais relevante. De acordo com a Reforma da Previdência de 2019, a idade mínima exigida para a aposentadoria é de 65 anos para os homens e de 62 anos para as mulheres. Enquanto isso, a expectativa de vida no Brasil é de 77 anos, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Os números mostram a importância de planejar-se financeiramente para assegurar uma vida tranquila após a aposentadoria. Afinal, o benefício assegurado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nem sempre é suficiente para os gastos nesta fase da vida.

Pensando nisso, cada vez mais brasileiros têm recorrido aos planos de previdência privada, como o Plano PGBL (Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). No país, cerca de 11 milhões de pessoas contam com esse tipo de contratação, segundo informações da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Especialistas da área financeira orientam sobre o que é necessário para começar o planejamento de uma aposentadoria ideal. 

Aposte na educação financeira

A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) alerta que a aposentadoria deve ser encarada como um sonho a ser realizado no longo prazo, mas que requer atenção e comprometimento desde já. 

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Neste sentido, o conhecimento em educação financeira é fundamental para tomar decisões informadas sobre as finanças. Ela auxilia na compreensão sobre como lidar com o dinheiro, a importância do planejamento e as estratégias eficazes de investimento. 

Um erro comum é a falta de consciência sobre o valor que deve ser economizado para garantir a independência financeira na aposentadoria. A falta de metas claras e um plano estruturado pode levar a gastos excessivos e à ausência de economias adequadas para o futuro.

Ao cultivar hábitos financeiros saudáveis, como poupar regularmente, investir com sabedoria e evitar dívidas desnecessárias, você estará construindo uma base robusta para sua aposentadoria. Isso implica tomar decisões conscientes sobre seus gastos atuais, considerando sempre as necessidades do futuro.

Comece a poupar

A partir dos estudos sobre educação financeira, você entenderá a importância de começar a poupar, o quanto antes, para que seja possível construir o seu patrimônio financeiro. Em entrevista concedida à imprensa, o especialista em previdência e seguros da Warren, Danilo Carrillo, explicou como o tempo age nessa construção.

Para uma pessoa que planeja se aposentar aos 65 anos, por exemplo, iniciar a poupança aos 25 pode demandar apenas 10% de sua renda mensal. No entanto, adiar o início do planejamento para os 50 anos requer contribuições mensais acima de 50% da renda, devido ao prazo mais curto disponível para a construção do patrimônio financeiro. 

A diferença reforça a importância de estabelecer o hábito de poupar desde cedo. É uma prática que permite que as pessoas adaptem suas economias gradualmente à medida que suas capacidades financeiras evoluem. Além disso, quando alguém começa a economizar para a aposentadoria em uma idade mais jovem, pode se beneficiar da capacidade dos juros compostos.

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De forma prática, caso você queira ter uma renda de R$ 10 mil por mês, a partir dos 65 anos, o tempo faz muita diferença. Uma experiência realizada por Carrillo indica que o saldo total arrecadado precisa ser de R$ 2.456.432,79, ou seja: 

  • Começar aos 25 anos requer contribuições mensais de R$ 2.115,67
  • Começar aos 30 anos requer contribuições mensais de R$ 2.729,63
  • Começar aos 35 anos requer contribuições mensais de R$ 3.584,62
  • Começar aos 40 anos requer contribuições mensais de R$ 4.827,44

Não dependa exclusivamente do INSS

A aposentadoria paga pelo INSS é uma importante fonte de renda para muitos brasileiros. Conforme dados da Secretaria da Previdência Social, mais de 19 milhões de aposentados recebem o benefício no país. Com relação ao valor, dois em cada três beneficiários recebem um salário mínimo.

Dessa forma, depender exclusivamente do INSS pode não ser a melhor alternativa para quem deseja uma aposentadoria financeiramente tranquila. Explorar outras possibilidades para complementar a renda é uma estratégia recomendada por especialistas da área.

Investimentos

Uma das maneiras de complementar a renda na aposentadoria é por meio de investimentos financeiros. Aplicar em diferentes classes de ativos, como ações, títulos de renda fixa, fundos de investimentos e imóveis pode aumentar os rendimentos ao longo do tempo. 

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A orientação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é para que os interessados estudem sobre os produtos financeiros disponíveis no mercado antes de escolher como e onde investir.

Previdência privada 

A contratação de um plano de previdência privada é outra opção para complementar a aposentadoria recebida pelo INSS. O serviço é oferecido por bancos e seguradoras, mas antes de contratá-lo é importante entender os tipos de plano e suas características.

O PGBL é indicado para pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições. Por outro lado, o VGBL é mais adequado para quem faz a declaração simplificada ou possui uma renda menor. Ambos oferecem benefícios fiscais e a possibilidade de escolher entre tributação progressiva ou regressiva no momento do resgate.


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