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A Gerdau (GGBR4), uma das maiores produtoras de aço do Brasil, enfrentou uma revisão crítica por parte do Itaú BBA, que rebaixou a recomendação de suas ações de ‘outperform’ para ‘market perform’. Além disso, o banco ajustou o preço-alvo para o final de 2024, de R$ 30 para R$ 26, o que representa um potencial de alta de 10,5%. Essa alteração levou a uma queda de 2,46% no valor das ações, fechando a R$ 22,96.
A revisão do Itaú BBA baseia-se em vários fatores. Primeiramente, os fundamentos fracos para a dinâmica do aço no Brasil a curto prazo levantam preocupações. Adicionalmente, o enfraquecimento dos resultados nos Estados Unidos deve impactar negativamente as margens futuras da empresa. A valorização limitada do fluxo de caixa descontado (DCF) em 10%, a projeção de um fluxo de caixa livre apenas razoável em 2024 (7% de rendimento de FCF), prejudicado por cerca de R$ 6,0 bilhões em despesas de capital, e um valuation justo, com um EV/Ebitda estimado para 2024 de 4,3 vezes, também contribuem para uma visão mais cautelosa.
Até agora em 2023, as ações da Gerdau apresentaram uma queda de 16%, com desempenho inferior ao Ibovespa em 39%. No Brasil, houve uma diminuição de 9% nos volumes de aço nos primeiros nove meses de 2023 em relação ao ano anterior, e as margens Ebitda caíram de 22% para 14%. Na América do Norte, os volumes diminuíram 6%, e as margens de Ebitda caíram de 33% para 27%.
O Itaú BBA prevê que o desempenho fraco continue em ambas as regiões, com mais deterioração nos volumes e margens no 4º trimestre de 2023. Consequentemente, o banco reduziu as estimativas de Ebitda para 2024 para R$ 10,9 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões.
No Brasil, espera-se que os resultados da Gerdau continuem sob pressão no próximo ano, prevendo-se um modesto aumento de 2% na base anual nos volumes domésticos de aço e um ambiente competitivo acirrado, limitando o espaço para aumentos de preços. A margem Ebitda no Brasil deve diminuir para 11,8% em 2024.
Na América do Norte, apesar do potencial impulso de iniciativas governamentais, o Itaú BBA espera mais deterioração nos resultados devido a preços mais baixos do aço. Como resultado, prevê que as margens nos EUA caiam para 17,4% em 2024.
Quanto ao fluxo de caixa, a Gerdau poderá gerar um fluxo de caixa livre (FCF) positivo de quase R$ 2,7 bilhões em 2024, antes dos pagamentos de dividendos. O desempenho do FCF em 2024 provavelmente será mais fraco do que os níveis robustos registrados em 2022 e 2023, potencialmente reduzindo o retorno aos acionistas por meio de dividendos ou recompras de ações.
A análise do Itaú BBA aponta para um cenário desafiador para a Gerdau em 2024. As projeções indicam um ambiente de negócios mais difícil tanto no Brasil quanto na América do Norte, com impactos significativos nas margens e volumes de vendas. Além disso, a expectativa de um fluxo de caixa livre mais fraco sugere uma potencial redução nos retornos aos acionistas.
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