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“Vivem de subsídios”: Lula reitera críticas a empresários e mercado financeiro

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  • Lula criticou empresários e o mercado financeiro por contribuírem para o desequilíbrio fiscal, sugerindo que eles “vivem de subsídios” do governo
  • O presidente não abordou medidas de contenção de gastos dentro do próprio governo, apesar de reconhecer o elevado déficit fiscal
  • Lula também criticou o Congresso, pedindo que deputados e senadores reduzam o valor das emendas parlamentares ao Orçamento
  • A entrevista à Rede TV! teve um tom amistoso e sem questionamentos mais contundentes, refletindo a boa relação entre a emissora e o governo federal desde 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar críticas ao setor produtivo da economia e ao mercado financeiro. Portanto, destacando o impacto desses segmentos no desequilíbrio fiscal do Brasil. Em entrevista à Rede TV!, no programa “PODK Liberados”, Lula reforçou seu posicionamento sobre a necessidade de ajustes fiscais. Mas, atribuiu parte do problema à postura dos empresários e à atuação do mercado financeiro, sugerindo que ambos se beneficiam excessivamente de subsídios governamentais.

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A entrevista teve um tom amigável, sem confrontos ou perguntas difíceis. E, fez parte de uma série de declarações do presidente sobre a situação econômica do país.

Lula, pressionado a equilibrar as contas públicas, afirmou que o setor empresarial precisa estar disposto a abrir mão de subsídios para ajudar o Brasil a sanar o desequilíbrio fiscal. Ele também criticou a “ganância especulativa” do mercado financeiro, acusando-o de agir com hipocrisia e de contar com a ajuda da imprensa para gerar confusão e desinformação entre a sociedade.

“Nós não podemos mais jogar, toda vez que você tem que cortar alguma coisa, em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Se eu fizer o corte de gastos para diminuir a capacidade de investimentos do Orçamento, o Congresso vai aceitar as emendas de deputados e senadores para contribuir com o ajuste fiscal que eu vou fazer?”, indagou Lula.

Ações concretas

O presidente não abordou, no entanto, as ações concretas que seu governo poderia tomar para cortar gastos ou melhorar a eficiência do uso dos recursos públicos.

A situação fiscal do Brasil é um tema sensível, especialmente após a pandemia. Quando o governo enfrentou uma crise econômica sem precedentes. Embora o país continue a ter um orçamento significativo destinado a áreas sociais, como o Bolsa Família, que cresceu de R$ 200 para cerca de R$ 700, Lula parece não admitir que o aumento desses gastos poderia estar contribuindo para o problema fiscal.

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Na entrevista, ele também evitou discutir possíveis ajustes internos que o próprio governo poderia fazer para controlar a despesa pública. Dessa forma, preferindo culpar os empresários e o mercado financeiro por não colaborarem na solução.

Redução de emendas

Além disso, o presidente também reclamou do Congresso Nacional, que, segundo ele, precisa fazer um esforço maior para reduzir as emendas parlamentares ao Orçamento. Ainda, sugerindo que a política de emendas de deputados e senadores contribui para o aumento das despesas do governo.

“Eu estou num processo de discussão muito, muito sério com o governo porque conheço bem o discurso do mercado, conheço a gana especulativa do mercado. E, às vezes, acho que o mercado age com certa hipocrisia, com uma contribuição muito grande da imprensa brasileira para tentar criar confusão na cabeça da sociedade”

A entrevista, que será transmitida na íntegra no próximo domingo (10), segue um formato amistoso. Sem grandes confrontos ou questionamentos mais incisivos, refletindo a relação cordial entre a emissora e o atual governo.

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