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A pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo no setor de viagens e turismo, incluindo a CVC. Com a implementação de medidas de distanciamento social e restrições de viagens, muitas pessoas cancelaram ou adiaram suas viagens, o que resultou em uma queda significativa na demanda por pacotes turísticos. Além disso, muitos países fecharam suas fronteiras para viajantes, o que dificultou a operação de empresas de turismo. Como resultado, a CVC teve que enfrentar uma forte redução no seu faturamento e lucro. A empresa também precisou adaptar-se a novas formas de atendimento ao cliente, como o atendimento remoto, e implementar medidas de segurança para garantir a saúde dos seus clientes e funcionários.
Essa movimentação ficou claramente exposta nos dados operacionais da companhia no terceiro trimestre de 2022. Uma vez que mesmo que com uma melhora na base comparativa, a companhia não conseguiu sair do vermelho.
No 3T22, a CVC apresentou um aumento de 46,6% na receita líquida (para R$ 337,6 milhões), com avanço nas reservas e no valor médio das viagens, o alto endividamento da empresa (com uma Selic mais alta) impediu que a operadora de turismo voltasse ao azul.
A CVC reduziu o prejuízo, mas terminou o trimestre ainda no negativo, em R$ 75 milhões.
Mas o que esperar da ação daqui para frente?
O BofA observa que as reservas da CVC no mercado doméstico alcançaram 73% dos níveis do terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia. Porém, esse percentual estava em 78% no segundo trimestre deste ano. As reservas internacionais também caíram de 67% para 63% do nível pré-pandemia entre o segundo e o terceiro trimestre.
O percentual de receita líquida sobre as reservas (take rate) cresceu 40 pontos-base na comparação trimestral, para 8,4%. Contudo, na avaliação do BofA, as altas nos preços das tarifas aéreas parecem estar reduzindo gastos do consumidor em hotéis e experiências com take rate mais elevados.
“As viagens internacionais são ainda mais impactadas pela demora na espera por vistos e contínuas limitações referentes a equipes de voo. Como resultado, acreditamos que esse tipo de fricção vai continuar desacelerando a recuperação das viagens de lazer”, diz o relatório do banco.
Diante desse cenário, o BofA acredita que a tendência é que os consumidores procurem por preços mais atraentes, estadias mais curtas e outras alternativas. Sendo assim, a tendência é de maior busca por pechinchas e reservas diretas.
Ações lideram perdas da bolsa
Além de decisão, em comum acordo, de desistir da compra da startup Oner Travel, analistas lembram que nos últimos cinco pregões a ação acumulou ganho de cerca de 20% e que, portanto, além da expectativa de um negócio que não se concretizou, a queda desta segunda-feira é também um movimento de correção. A CVCB3 desvalorizou 14,40%, a R$ 4,40.
Empresas | Preço Atual (R$) | Maior alta (R$) | Maior baixa (R$) | Preço de abertura |
CVCB3 | 4,4 | 5,2 | 4,38 | 5,14 |
AZUL4 | 11,58 | 11,97 | 11,38 | 11,78 |
GOLL4 | 7,5 | 7,82 | 7,42 | 7,73 |
Sobre a CVC
A CVC CORP é uma holding de empresas do ramo de turismo formado por unidades de negócios que atuam com marcas distintas nos segmentos de viagens de férias e de lazer, viagens corporativas e relacionadas a cursos e intercâmbio cultural no exterior. A empresa é uma das principais escolhas dos investidores para expor seus investimentos no segmento de viagens e de turismo.
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