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Receita Federal do Brasil (RFB) prorrogou para o dia 31 de maio, o prazo para a entrega da declaração do imposto de renda para pessoa física em 2022. Faltando pouco mais de um mês para o término, uma pesquisa realizada por fintech do Grupo Boa Vista voltada para negociação de dívidas, identificou que 36% dos consumidores entrevistados não sabem se vão declarar o IR em 2022 e mais da metade (56%) não sabem a data da declaração.
Por outro lado, o levantamento revelou também que 55% dos consumidores sabem o que precisa ser declarado e 64% sabem quem precisa declarar.
Quanto maior a idade, maior é o conhecimento sobre a contribuição. Dos respondentes entre 18 e 25 anos, apenas 34% afirmam saber o que deve ser declarado e 43% quem precisa declarar, enquanto entre os que possuem 65 anos ou mais, 84% compreende o que precisa ser declarado e 90% quem precisa declarar.
“Muitos brasileiros deixam de declarar o Imposto de Renda por falta de conhecimento ou por acharem que não há grandes problemas em deixar a declaração de lado. Entretanto, não declarar o IR pode trazer algumas dores de cabeça com o seu CPF, como o bloqueio da conta bancária do trabalhador ou fazer com que ele não consiga abrir novas contas em bancos, financiar imóveis e até mesmo carros”, explica Bruna Allemann, economista e educadora financeira da Acordo Certo.
Vale lembrar que é preciso colocar na declaração tudo o que o contribuinte ganhou (salários, pensão, aluguéis), os bens que possui (casa e carro) e o que pagou (escola e plano de saúde) em 2021.
É obrigado a declarar quem teve rendimentos tributáveis que, somados, passaram de R$ 28.559,70 no ano passado.
Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte de mais de R$ 40 mil também precisa enviar. Quem negociou ações na bolsa de valores, tinha bens acima de R$ 300 mil ou teve receita de mais de R$ 142.798,50 em atividade rural também deve declarar.
Ainda, de acordo com a pesquisa, entre os 27% que informaram que vão declarar o imposto de renda este ano, apenas 15% têm algum valor para restituir, ou seja, receber de volta no final do ano. Outros 22% dizem ser isentos(a) e não precisam fazer a declaração.
O pagamento de contas será o principal destino do dinheiro restituído. Pagar dívidas (34%), pagar contas do dia a dia (31%), aplicar em um investimento (19%), reformar a casa (8%), estudos/escola/faculdade (7%), comprar alimentos e itens básicos (6%), estão entre as prioridades, mostrou o estudo.
“Qualquer dinheiro extra na conta corrente é sempre bem-vindo. Por isso, a restituição do Imposto de Renda 2022 retido na fonte pode aliviar um pouco a vida financeira de muita gente. Lembrando que, tem imposto a restituir aquele contribuinte que, depois de todos os ajustes entre receitas e despesas, sofreu retenção na fonte maior do que o seu imposto devido”, pontua a especialista.
Entre os 2.432 respondentes, a maioria trabalha com carteira assinada e possui renda tanto familiar como pessoal de até dois salários mínimos. Dos consumidores CLT, 37% têm desconto de IR direto no salário e destes, 66% afirma saber o valor que é descontado.
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