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Além do pagamento, mecanismo pode ser utilizado para validação de identidade, limite de crédito e ferramenta de cobrança, alerta QI Tech
Até o final de 2021, o Pix já era usado por 71% dos brasileiros. A taxa de aprovação, inclusive, chegou a 85% segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O que nem todos sabem é que além de recurso financeiro para pagamento eletrônico instantâneo e gratuito, o mecanismo pode ter outras funcionalidades.
Dentro desse contexto, Marcelo Bentivoglio, sócio responsável pela estratégia da QI Tech, empresa de tecnologia com licença bancária e primeira Sociedade de Crédito Direto aprovada pelo Banco Central do Brasil, separou quatro inovações tecnológicas utilizando o Pix que devem bombar em 2022.
Índice de conteúdo
1. Validação de identidade via Pix
O Pix é um dos maiores sucessos de inovação do Banco Central do Brasil. Além da funcionalidade básica do PIX, que é transferir dinheiro imediatamente entre pessoas, ele também pode ser utilizado para verificação de identidade.
Por exemplo, se uma pessoa precisa assinar um documento, ao invés de fazê-lo realizando um cadastro em uma plataforma digital, o assinante poderia fazer um Pix de R$ 0,01 e confirmar sua identidade. Precisamos confirmar nossa identidade em vários momentos na internet, ao realizar um cadastro, para fazer o login em alguma plataforma ou para assinar um documento.
O Pix pode se tornar um ‘gateway’ de validação de identidade nessas jornadas, semelhante a opção de “fazer o cadastro usando o Facebook”, as pessoas poderão fazer o cadastro usando o Pix.
2. Cartão de crédito sem cartão é o novo limite de crédito com Pix
O cartão de crédito é um produto utilizado por milhões de pessoas todos os dias no Brasil. Ele permite que pessoas sem recursos disponíveis imediatamente possam realizar as suas compras, além de permitir que quem recebe tenha a garantia de que o valor estará disponível em alguns dias.
Portanto, o principal problema que o cartão de crédito resolve é a confiança entre quem paga e quem recebe. A tecnologia do limite de crédito para o consumidor é muito parecida com a tecnologia do cartão de crédito. Portanto, as empresas estão criando experiências idênticas às experiências com cartão de crédito, porém sem o cartão.
Funciona assim: você baixa um aplicativo e recebe um limite instantâneo de crédito para utilizar em qualquer estabelecimento que aceite Pix. No momento da compra, o app faz um Pix para o lojista que recebe o dinheiro instantaneamente. Enquanto no app, você acompanha o limite utilizado e a data do próximo vencimento da sua fatura.
É possível realizar quantas compras quiser até o limite de crédito disponível, sendo que em todas as transações o vendedor recebe via Pix instantaneamente. Não ter o cartão de crédito nesse processo significa uma economia enorme, pois elimina muitos intermediários, a começar pelo processamento via as famosas ‘maquininhas’.
3. Pix como ferramenta de cobrança
As facilidades e aplicabilidades do Pix são inúmeras e utilizar essa tecnologia para a gestão de cobrança é uma tendência para 2022.
Primeiramente, o Pix permite desbloquear experiências instantaneamente, por exemplo, se um cliente está esperando a liberação do seu limite para a realização de uma nova compra, o pagamento via Pix permite que o limite seja liberado no mesmo segundo.
Além disso, podemos utilizar a tecnologia de QR Code para gerar Pix dinâmicos, com valores dinâmicos. Isso também permite a customização no processo de cobrança. Como o meio de pagamento não tem data de validade e não requer aguardar longas horas para a compensação do valor em conta, as novas ferramentas de cobrança estão criando as suas experiências baseadas em Pix, utilizando diversos métodos de comunicação, como o Pix-whatsapp, Pix-sms, Pix-email.
4. Boleto-Pix híbrido
“Só entre novembro de 2020 e outubro de 2021, foram registradas 7 bilhões de transações com Pix, que juntas somam cerca de R$ 4 trilhões movimentados. Mas ainda que a receptividade tenha sido ótima, o Pix não deve acabar com o boleto bancário. Ao contrário, o boleto-Pix híbrido deve ser a melhor alternativa. Os consumidores estão acostumados a pagar contas via boleto, leva um tempo para a população se adaptar à nova tecnologia. Além disso, hoje, o PIX não é um título protestável, ou seja, em casos de inadimplência, o cobrador não consegue acionar os órgãos públicos e birôs de crédito para protesto utilizando apenas o PIX. Portanto, as experiências de cobrança estão utilizando o modelo híbrido, onde temos a emissão de um Boleto com um Pix acoplado”, Marcelo finaliza.
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