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Na última terça-feira (13), a ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) realizou mais uma edição do Fórum de Fidelização. O evento, que acontece desde 2016, reuniu cerca de 400 profissionais e especialistas para discutir sobre esse mercado. Na ocasião, o presidente da associação, Emerson Moreira, mostrou dados relevantes sobre o setor, constatados pela entidade em pesquisa realizada em parceria com o Instituto Locomotiva.
O estudo verificou que os usuários de programas de fidelidade já ultrapassam 68 milhões de pessoas. Considerando a população brasileira com acesso à internet — que chega a 152 milhões* — a penetração desse mercado no Brasil é de 45%. “Esse número demonstra um avanço significativo do setor que, há alguns anos, registrava uma estimativa média, de 20% a 30% de penetração, e, também, que existe um grande espaço para crescimento das empresas desse segmento”, explica o presidente da ABEMF.
A pesquisa mapeou as percepções e hábitos dos consumidores e os impactos e oportunidades recorrentes do atual momento econômico do país. Para isso, foram entrevistadas 1,2 mil pessoas, durante o mês de julho de 2022, em todas as regiões do país.
Engajamento
Além de ter avançado em número de usuários, é possível perceber que os brasileiros estão aproveitando melhor as oportunidades. O percentual de pessoas que preferem e concentram suas compras em marcas que oferecem programas de fidelidade cresceu desde 2019, quando a ABEMF realizou a última pesquisa do tipo. Na época, 65% disseram preferir esses estabelecimentos, em 2022, a porcentagem ficou em 72%.
Além disso, 56% dos respondentes possuem dois ou mais programas de fidelidade e o nível de satisfação dos usuários com as recompensas oferecidas nos programas que participa é de 91%. Outro dado indica que 9 entre 10 deles já realizaram algum resgate nos últimos 6 meses, sendo os mais citados: cashback, representando 39%.
Produtos ou serviços para a empresa / negócio / atividade, diárias de aluguel de veículos e farmácia (descontos nos medicamentos) também foram mencionados pelos entrevistados.
Crise econômica
O momento econômico delicado, em um forte cenário de pressão inflacionária e endividamento das famílias, com aumento do preço de itens básicos, apareceu como um destaque na pesquisa, entre os usuários de programas de fidelidade. 60% estão usando mais os programas de fidelidade após o início da pandemia ou pretendem passar a usar com maior frequência.
Para 78%, há a percepção de que os programas ajudam a economizar e 71% concordam que eles são parceiros importantes para enfrentar a atual crise econômica — esse número subiu 11 pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada em 2019, quando estava em 60%.
Quando questionados se os programas de fidelidade possibilitaram resgates de produtos/serviços que não teriam condições de pagar para consumir durante a pandemia, há dois anos, 59% dos respondentes disse sim, hoje, esse número ficou em 66%.
*Fonte: TIC Domicílios 2021(CGI.BR/NIC.BR e CETIC.BR).
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