Nikolas Ferreira dispara em pesquisa para governador de MG

O cenário político mineiro e o ambiente digital brasileiro foram agitados nesta semana, ambos tendo como protagonista o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Uma nova pesquisa de intenção de voto para o governo de Minas Gerais, divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas nesta quinta-feira (3), coloca o jovem parlamentar na liderança isolada em um dos cenários testados. Simultaneamente, Nikolas demonstra novamente sua massiva influência online com um vídeo sobre a anistia para os condenados do 8 de Janeiro que viralizou de forma explosiva.

Começando pela corrida eleitoral em Minas, o levantamento do Paraná Pesquisas mostra Nikolas Ferreira com 39,4% das intenções de voto. Ele abre uma vantagem considerável sobre seus potenciais adversários. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (Republicanos), aparece em segundo lugar com 20%, seguido pelo atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que pontua com 15,2%. Outros nomes testados, como Reginaldo Lopes (PT) com 3,6%, Tadeuzinho (MDB) com 2,8% e Mateus Simões (Novo) com 2,7%, ficam bem distantes dos três primeiros colocados. Os eleitores que não sabem ou não responderam somam 4,6%, enquanto 11,7% afirmaram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos.

Essa fotografia do momento eleitoral é relevante, especialmente quando contextualizada com a performance digital do deputado. O vídeo lançado por Nikolas defendendo a anistia para os condenados pelos ataques de 8 de Janeiro segue uma estratégia de comunicação que já se provou eficaz anteriormente, como no caso do “vídeo do Pix”. Com uma estética sóbria – fundo preto, roupas escuras – ele busca prender a atenção do espectador para sua mensagem principal. E funcionou: em menos de 24 horas, a publicação no Instagram já havia ultrapassado a marca impressionante de mais de 30 milhões de visualizações.

No vídeo, Nikolas convoca o público a se informar sobre a anistia, argumentando que o tema merece debate. O ponto mais polêmico é a comparação de impacto que ele estabelece: ele menciona um episódio da campanha antirracista nos EUA, liderada por Martin Luther King Jr., e o contrapõe ao caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos por pichar “perdeu mané” na estátua do STF. A intenção parece ser a de questionar a proporcionalidade das penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, uma bandeira levantada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que consideram as sentenças excessivas. Vale lembrar que Débora obteve recentemente o direito à prisão domiciliar para cuidar dos filhos.

Nikolas também cita outros manifestantes presos e compara a situação com protestos de grupos de esquerda que, segundo ele, não tiveram punição similar. “O dia 8 foi lamentável. Justiça é punir sem vingança“, declara o deputado no vídeo, reforçando a ideia de que as punições não deveriam ter caráter revanchista. A peça termina com uma convocação para o ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, no próximo domingo, 6 de abril, conectando a pauta da anistia à mobilização de sua base política.

A força demonstrada tanto nas urnas (simuladas pela pesquisa) quanto nas redes sociais solidifica a posição de Nikolas como um nome de grande destaque no cenário político atual. Sua capacidade de mobilização digital é inegável e parece se traduzir em capital político real. O sucesso dos vídeos virais impulsiona sua imagem e alimenta especulações sobre seu futuro. Em Minas Gerais, seu estado, aliados já discutem abertamente uma possível candidatura presidencial no futuro e até articulam uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir a idade mínima para disputar o Palácio do Planalto, o que poderia beneficiá-lo diretamente.

Para garantir a credibilidade da pesquisa citada, o instituto Paraná Pesquisas ouviu presencialmente 1.660 eleitores em 70 municípios mineiros entre os dias 26 e 30 de março. A margem de eadro onde Nikolas Ferreira se consolida não apenas como um fenômeno digital, mas como uma força política com a qual seus adversários terão que lidar nas próximas eleições mineiras.