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Os juros altos “estarão entre nós” até o segundo semestre de 2023; Afirma o Bradesco

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No início deste ano, diante da tendência global de elevação de juros para conter a inflação, algumas correntes do mercado projetavam que o Brasil poderia se beneficiar nesse contexto pelo fato de ter antecipado essa política, em especial, a partir do segundo semestre de 2021.

Passados os quatro primeiros meses de 2022, não há sinais, porém, de recuo da inflação no País. Economistas já projetam um índice acima de 10% para o ano e, na última quarta-feira, o Banco Central (BC) elevou novamente a taxa Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano, o maior patamar desde janeiro de 2017.

Na manhã desta sexta-feira, 6 de maio, Octavio de Lazari Jr., presidente do Bradesco (BBDC4), dedicou parte do tempo da teleconferência com jornalistas para apresentar os resultados do banco no primeiro trimestre a esses temas. E a projeção do banco aponta para a extensão de parte desse cenário no médio prazo.

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“O que vimos do fim do ano para cá é uma inflação absolutamente resiliente, que continua machucando, tanto que o Banco Central aumentou a taxa de juros duas vezes nesse período”, afirmou Lazari.

Em linha com a série de mudanças observadas no período, o que incluiu a guerra “inesperada” entre Rússia e Ucrânia, o presidente do Bradesco acrescentou:

“A expectativa que temos para o resto do ano é de que essa taxa deva continuar alta e também, pelo menos, ao longo do primeiro semestre de 2023.”

A partir do que classificou como mudanças rápidas e significativas no primeiro trimestre, o Bradesco revisou, juntamente com a divulgação do balanço do período, uma série de indicadores do guidance divulgado em 8 de fevereiro deste ano. Em margem com clientes, de uma estimativa anterior de crescimento entre 8% a 12%, o novo guidance aponta para uma faixa de 18% a 22%.

A receita de prestação de serviços foi de 2% a 6% para 4% a 8%. Em relação às despesas operacionais, o Bradesco estima agora um crescimento de 1% a 5%, contra a projeção anterior de 3% a 7%. Já para as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD), a expectativa saiu de um intervalo de R$ 15 bilhões a R$ 19 bilhões para R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões.

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Além dos resultados das operações de seguros, previdência e capitalização, a única projeção mantida foi de um crescimento entre 10% e 14% na carteira de crédito expandida. Segundo Lazari, essa decisão conversa diretamente com a perspectiva de manutenção da taxa de juros em níveis tão elevados.


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