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A Vale (VALE) segue pagando o preço do desleixo com as práticas de sustentabilidade em Minas Gerais, e assinou um novo aditivo ao Termo de Compromisso da tragédia durante o pregão desta segunda-feira (24).
O novo aditivo prevê medidas de captação de água do rio Paraopeba, em função do rompimento das barragens de Brumadinho (MG). O acordo inclui também medidas compensatórias de R$ 99 milhões. As informações são do Ministério Público de Minas Gerais.
A companhia se comprometeu a enviar, em até 15 dias, o cronograma referente à nova captação, com a conclusão de todas as obras, incluindo testes, pré-operação, operação assistida e transferência definitiva da operação e manutenção para a Copasa, contemplando também o último trecho da adutora e sua interligação na estação de tratamento de água Rio Manso.
As ações da companhia foram alvejadas durante o “fogo cruzado” no pregão de hoje, onde as quedas generalizadas marcaram a sangria do mercado e do Ibovespa.
IPO de subsidiária vem aí?
A bolsa de valores está sempre sobre constantes atualizações, e investidores estão sempre em busca de novas e boas opções de investimento. Pensando nisso, os processos de IPOs representam um dos momentos mais amados pelos investidores. Afinal, representa o momento quando “carne nova” chega aos pregões da B3.
Um novo rumor está rondando o mercado, e um novo peso pesado pode pintar em um processo de IPO em breve.
A Vale (VALE3) considera uma cisão de curto prazo de seus negócios de metais básicos e uma eventual listagem pública, afirmou na sexta-feira o diretor-presidente da companhia. A mineradora brasileira já avalia há anos alternativas para a unidade.
Atualmente, a empresa estuda separar a unidade de cobre e níquel do negócio de minério de ferro, já que as duas unidades têm perspectivas de crescimento diferentes, disse Eduardo Bartolomeo no FT Mining Summit.
A ideia é eventualmente desenvolver a unidade de metais básicos para que seja tão grande quanto a Vale hoje, que tem uma capitalização de mercado de 66 bilhões de dólares, e levá-la a mercado, disse Bartolomeo, sem dar detalhes sobre prazos.
Há um “enorme crescimento” no segmento de metais básicos, enquanto o minério de ferro é um negócio já maduro, acrescentou.
O cobre e o níquel estão prontos para ver uma forte demanda como resultado da transição dos combustíveis fósseis, pois são necessários em veículos elétricos, suas estações de carregamento e outras infraestruturas de energia renovável.
A Vale, que já foi a maior produtora mundial do minério de ferro, disse em setembro que a demanda global por níquel deve aumentar em 44% até 2030, para 6,2 milhões de toneladas. Também espera que a demanda global por cobre aumente cerca de 20% até 2030, para 37 milhões de toneladas.
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