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A Marisa, varejista de moda, está estudando um plano de fechamento de suas lojas como parte de seu plano de recuperação financeira. A empresa está buscando renegociar o pagamento de aluguéis atrasados e avalia encerrar cerca de 25% das unidades, mas o número pode aumentar.
O corte pode representar o fechamento de pelo menos 80 lojas, o que resultaria em uma demissão de 3 mil a 3,5 mil funcionários. O plano de encerramento de lojas visa principalmente a redução de despesas. A escolha das lojas que serão fechadas leva em consideração a saúde financeira da operação e sua localização. A varejista já recebeu propostas de interessados em ocupar os locais que abrigam suas lojas antes da pandemia. Em alguns casos, a empresa solicita a suspensão ou carência das cobranças de aluguel. As operações de rua são o principal alvo do fechamento, pois contabilizam 163 das 334 unidades da Marisa. A gestora Rio Bravo Investimentos informou em fevereiro que não havia recebido o pagamento do aluguel de janeiro da Marisa, que é a principal locatária do fundo com 81,47% da receita imobiliária.
A empresa tem atrasado o pagamento de aluguéis há pelo menos um ano. Em setembro de 2021, a dívida da Marisa era de R$ 22,4 milhões em aluguéis, um aumento de R$ 2,9 milhões em relação a setembro de 2020. A Marisa informou que está em processo de aprimoramento de seu modelo de negócios e decidiu priorizar pagamentos e/ou renegociar contratos, afetando aluguéis. A empresa não confirmou a possibilidade de demissões.
Com a movimentação, ações da Marisa fecham em forte queda nesta 5ªF.
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