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Os países integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) apresentarão uma proposta de emissão de uma moeda comum em agosto, com o objetivo de diminuir a dependência do dólar americano e aumentar a eficiência dos pagamentos cross border. A medida, que remonta a julho de 2022, pode reduzir custos e ampliar as relações comerciais entre as nações.
A ideia de criação de uma moeda própria entre os membros do BRICS tem ganhado força desde o ano passado. Segundo o grupo, a dependência do dólar deixa os países vulneráveis às políticas americanas, o que prejudica as relações comerciais entre eles. A proposta será apresentada em agosto e visa reduzir custos e aumentar a eficiência dos pagamentos entre os países.
De acordo com a empresa de pesquisa macroeconômica Acorn Macro Consulting, o bloco BRICS atualmente responde por 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, ultrapassando as economias do G7, que representam 30,7%. O crescimento constante do grupo é atribuído ao avanço da economia chinesa, que superou o PIB dos Estados Unidos em 2014, segundo a paridade do poder de compra (PPP).
A proposta de emissão de uma moeda própria entre os membros do BRICS pode fortalecer ainda mais o bloco, que tem ganhado espaço e influência na economia global. Além dos países integrantes, economias importantes como Arábia Saudita, Egito e Bangladesh já adquiriram participação no Novo Banco de Desenvolvimento, financiador do BRICS, e outros países como Irã, Argélia, Argentina e Turquia também têm expressado interesse em se juntar ao grupo.
A iniciativa dos países do BRICS em criar uma moeda comum é um passo para diminuir a dependência do dólar americano na economia global. O fortalecimento do bloco pode ampliar as relações comerciais entre as nações e reduzir custos.
O avanço da economia chinesa tem sido um dos principais fatores para o crescimento do BRICS e a proposta de emissão de uma moeda própria pode fortalecer ainda mais o grupo. Além disso, a inclusão de novos países no bloco pode ampliar ainda mais sua influência na economia global.
No entanto, a criação de uma moeda comum entre os países do BRICS pode enfrentar resistência de outros países e do próprio sistema financeiro global, que tem o dólar como moeda de reserva. A medida também pode gerar impactos no mercado de criptomoedas, que tem se popularizado como alternativa às moedas fiduciárias.
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