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Vídeo mostra secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, negando surto inflacionário após crise da Covid-19.
Um vídeo que circula nas mesas de operações mostra o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmando que não haveria inflação após a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. A declaração foi feita em uma live da Casa do Saber, em 31 de julho de 2020.
Veja o trecho da entrevista abaixo em que o Galípolo erra a previsão:
Na época, Galípolo não estava sozinho nesse diagnóstico, mas sua fala se destaca pela ênfase nos argumentos.
O Banco Central brasileiro foi um dos primeiros a reconhecer que a inflação não era apenas de oferta, mas também de demanda, mudando a direção e promovendo alta de juros no início de 2021.
Previsão equivocada de Galípolo sobre inflação pós-pandemia em destaque
Um vídeo que circula entre os profissionais do mercado financeiro mostra o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmando que não haveria inflação após a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.
A declaração foi feita durante uma live promovida pela Casa do Saber, em 31 de julho de 2020.
Na época, o diagnóstico de Galípolo não era uma opinião isolada. Muitos especialistas acreditavam que os riscos de inflação eram pequenos, dado o ambiente de restrição de oferta e as transferências de renda promovidas por diversos governos.
O próprio Comitê de Política Monetária (Copom) cortou os juros básicos para 2% ao ano naquele período, e as expectativas coletadas no boletim Focus e as projeções do Banco Central apontavam inflação abaixo da meta.
Entretanto, a fala de Galípolo se destaca pela ênfase de seus argumentos, afirmando que seria difícil conversar com alguém que acreditasse em inflação naquele cenário.
Ele chegou a dizer que apenas alguém que “investiu todo o patrimônio intelectual nessa crença” poderia apontar o risco de inflação de demanda.
Contrariando as previsões de Galípolo e outros especialistas, o Banco Central brasileiro mudou sua direção no início de 2021, promovendo uma alta de juros.
A instituição foi uma das primeiras a reconhecer que a inflação não era apenas de oferta, devido à paralisação das cadeias produtivas, mas também tinha um componente de inflação de demanda.
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