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Advogados e bancos envolvidos no caso das Americanas (AMER3) informaram ao Estadão que um acordo entre a varejista e seus credores está previsto para ser finalizado até o mês de junho. No entanto, a tentativa de estruturar um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) no valor de R$ 2,5 bilhões para fornecer liquidez à companhia, que enfrenta dificuldades de crédito no mercado, não obteve sucesso. O FIDC da Americanas utilizaria as vendas realizadas por cartões de crédito da rede varejista, consideradas de baixo risco, como garantia. Por se tratar de um crédito novo, também ficaria excluído das discussões relacionadas ao processo de recuperação judicial.
Cinco gestoras especializadas em adquirir títulos de empresas com problemas financeiros estavam envolvidas nessa iniciativa – Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom. Entre os motivos que levaram ao cancelamento dessa operação, fontes afirmaram que está o desconforto que essa estrutura causaria em meio ao acirramento da disputa judicial entre os bancos credores e o trio de acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.
Embora a tentativa de implementar o FIDC tenha falhado, as negociações entre as Americanas e seus credores continuam. O objetivo é alcançar um acordo que permita à varejista encontrar soluções para suas dificuldades financeiras e retomar sua liquidez. A empresa tem enfrentado desafios no mercado e busca alternativas para superar essa situação.
O desenrolar da disputa judicial entre os bancos credores e o grupo de acionistas de destaque pode ter influenciado a decisão de abandonar o FIDC. Essa briga em curso cria um ambiente de incertezas que pode prejudicar a estruturação de novos acordos e iniciativas.
A conclusão de um acordo entre a Americanas e seus credores é essencial para a estabilização financeira da empresa. A varejista enfrenta um momento crucial em sua trajetória, e a resolução das questões com os credores é fundamental para recuperar a confiança do mercado e impulsionar seu crescimento.
A expectativa é que, nos próximos meses, as negociações avancem e um acordo seja alcançado, permitindo que a Americanas encontre uma solução viável para suas questões financeiras e retome sua posição competitiva no mercado varejista.
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