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Mesmo com a queda da taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 13,25% ao ano, o Brasil continua no topo do ranking global de juros reais, segundo levantamento compilado pelo MoneYou. Segundo a especialista em finanças, Carol Stange, o Banco Central deve continuar a reduzir os juros para controlar a inflação nos próximos meses, mas isso pode impactar o crescimento econômico. Para 2024, a previsão para a inflação subiu de 3,86% para 3,87%.
Segundo ela, para os próximos meses, as expectativas são de que a economia brasileira continue a crescer, mas em um ritmo mais moderado. O cenário econômico global e brasileiro tem mostrado sinais de recuperação nos últimos meses, no entanto, ainda há desafios a serem superados, como a alta inflação e a guerra na Ucrânia.
Mercado de investimentos/ações.
Os setores que devem se destacar nos próximos meses são aqueles ligados à infraestrutura, como energia, construção civil e logística. “Esses setores são beneficiados pelo crescimento econômico e pela necessidade de investimentos para melhorar a infraestrutura brasileira”, explica Stange. Outros setores que podem ser promissores são o agronegócio e o varejo.
O agronegócio deve se beneficiar da alta demanda global por alimentos e commodities e o varejo deve se beneficiar do aumento da renda das famílias e do retorno das pessoas às lojas físicas. Para quem não está endividado e já tem a reserva de emergência, é importante investir para garantir o futuro financeiro. Os investimentos podem ajudar a proteger o patrimônio contra a inflação e gerar renda. Algumas opções de investimentos para quem não está endividado e já tem a reserva de emergência são:
1.Fundos de investimento de renda fixa: são uma opção segura e conservadora, com rentabilidade atrelada à taxa de juros.
2.Fundos de investimento de renda variável: são uma opção mais arrojada, com potencial de retorno maior, mas também com risco maior.
3.Ações: são títulos que representam uma parte do capital de uma empresa.4.Investimentos imobiliários: são imóveis, como casas, apartamentos, terrenos e fundos imobiliários.
Para quem está poupando dinheiro, é preciso ter em mente que, no Brasil, investir em ativos que possam proteger o patrimônio contra a inflação é sempre relevante, explica Carol Stange.
Endividamento das familias
O endividamento da população brasileira vem crescendo nos últimos anos. Em junho de 2023, o total de dívidas das famílias brasileiras era de R$ 5,8 trilhões. A proporção de famílias endividadas no país saiu de 78,5% em junho para 78,1% em julho, queda de 0,4 ponto porcentual, primeiro recuo desde novembro de 2022, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).Mesmo com a primeira queda da taxa Selic que ocorreu em agosto, vai demorar um pouco ainda para que a população comece a sentir os efeitos, por exemplo, em relação à queda dos juros do cartão de crédito, empréstimos, facilidade para pagar as dívidas, entre outras.
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