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A Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, apresentou seus resultados financeiros do 3º trimestre de 2023, destacando aumento na receita de vendas e lucro líquido. Saiba mais sobre seu desempenho e planos futuros.
A Vale, gigante da indústria de mineração, divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2023, revelando um desempenho sólido e perspectivas promissoras para o futuro. Eduardo Bartolomeo, CEO da empresa, destacou os avanços em suas estratégias e negócios-chave, enfatizando o compromisso com a criação de valor para todas as partes interessadas.
A Vale (VALE3) divulgou seu resultado financeiro para o terceiro trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de US$ 2,836 bilhões, o que representa uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando alcançou US$ 4,455 bilhões. No entanto, em comparação com o segundo trimestre de 2023, houve um aumento significativo de 218%.
O desempenho da Vale superou as expectativas dos analistas, que projetavam um lucro de US$ 2,55 bilhões para o período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado totalizou US$ 4,177 bilhões, apresentando um aumento de quase 14% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, em comparação com o trimestre anterior, o crescimento foi de 7,8%. É importante destacar que o resultado do Ebitda ficou abaixo das expectativas do consenso, que estimava US$ 4,724 bilhões.
A margem Ebitda ajustada foi de 39%, superior à registrada no mesmo período do ano anterior, que foi de 37%. No entanto, em relação ao segundo trimestre de 2023, a margem Ebitda ajustada apresentou uma leve queda, ficando em 40%.
Indicadores Financeiros em Destaque
A receita líquida de vendas da Vale no 3º trimestre de 2023 atingiu US$ 10.623 milhões, um aumento em relação ao mesmo período de 2022. Os custos e despesas totais, excluindo eventos extraordinários, alcançaram US$ 6.921 milhões. As despesas relacionadas a eventos como Brumadinho e a descaracterização de barragens totalizaram US$ 305 milhões.
O EBIT ajustado da empresa foi de US$ 3.397 milhões, com uma margem EBIT ajustada de 32%. O EBITDA ajustado foi de US$ 4.177 milhões, com uma margem EBITDA ajustada de 39%. O EBITDA ajustado proforma chegou a US$ 4.482 milhões.
O lucro líquido das operações continuadas atribuível aos acionistas da Vale foi de US$ 2.836 milhões.
A dívida líquida da empresa atingiu US$ 10.009 milhões.
Resultados do Negócio
A Vale alcançou um EBITDA ajustado proforma de US$ 4,5 bilhões no 3º trimestre, representando um aumento de 12% em relação ao ano anterior e 8% em comparação com o trimestre anterior. O segmento de Soluções de Minério de Ferro registrou um aumento notável de 18% no EBITDA, impulsionado por preços mais altos e maiores volumes de vendas. O custo caixa C1 de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, diminuiu para US$ 21,9/t, aproximando-se das metas estabelecidas para o ano.
Alocação de Capital Disciplinada
A Vale investiu US$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre, incluindo investimentos em crescimento e manutenção. A empresa manteve uma abordagem disciplinada na alocação de capital, priorizando projetos-chave como Serra Sul 120 Mtpa, Capanema, expansão da mina de Voisey’s Bay e Salobo III.
Criação e Distribuição de Valor
A Vale continuou a criar e distribuir valor aos acionistas. Foram pagos US$ 1,7 bilhões em juros sobre capital próprio em setembro. Além disso, a empresa iniciou seu terceiro programa de recompra de ações, com 72% de conclusão até o momento. O Conselho de Administração aprovou a distribuição de US$ 2,0 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, a serem pagos em dezembro.
Focando e Fortalecendo o Core
A Vale concentrou esforços em suas operações centrais, destacando:
- Acordos para fornecimento de minério de ferro para projetos de siderurgia verde na Arábia Saudita.
- Exploração de hubs industriais verdes no Brasil e na América do Norte, em parceria com a H2 Green Steel.
- Desenvolvimento do Mega Hub no Porto do Açu, com foco em produção de “hot briquetted iron” (HBI).
- Aprovação do desenvolvimento da mina Pomalaa, um passo importante no negócio de Metais para Transição Energética.
Promovendo a Mineração Sustentável
A Vale avançou em direção a práticas mais sustentáveis:
- Redução do nível de emergência da barragem B3/B4 para 1, conforme o novo framework de gestão de barragens.
- Descaracterização do Dique 2, a 13ª estrutura eliminada do Programa de Descaracterização de Barragens a montante.
- Acordo com a BluestOne para reuso de resíduos e promoção da mineração circular.
- Protocolo de intenções com a Petrobras para avaliação de oportunidades de descarbonização e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis.
A Vale também estabeleceu uma nova meta de redução no consumo de água doce por tonelada de produção até 2030, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.
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