Continua após o anúncio
A presidente da Petrobras, vem promovendo mudanças nas gerências-executivas da companhia com o objetivo de acomodar indicações políticas.
Em informações divulgadas, Magda Chambriard, presidente da Petrobras, está promovendo mudanças nas gerências-executivas da companhia com o objetivo de acomodar indicações políticas.
Após realização de uma reunião da cúpula, foi confirmado a destituição de 09 executivos e a saída de dois dirigentes. O movimento seria visto como um esforço para acomodar indicações políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Magda, deliberou pela saída de Suen Marcet, gerente-executivo de Sistemas Submarinos e de Leonardo Maués, gerente-executivo de Gestão Integrada de Recursos e Projetos. Os profissionais eram remanescentes da gestão Jean Paul Prates, que foi demitido por Lula em maio deste ano.
As mudanças mais relevantes dizem respeito à saída de Marcio Kahn, responsável pelo campo de Búzios e Ana Zettel, gerente de gestão de parcerias e processos de Exploração e Produção.
Petrobras investiga suspeita de fraude em pagamentos
A Petrobras entrou com ações na Justiça do Rio de Janeiro, alegando suspeitas de fraudes no programa Mais Valor. Este, que permite aos fornecedores da estatalantecipar recebíveis junto a instituições financeiras. As ações judiciais envolvem um valor total de R$ 5,4 milhões.
O programa Mais Valor oferece uma plataforma onde os fornecedores de bens e serviços podem visualizar suas faturas. Além de solicitar a antecipação de pagamentos de notas fiscais por meio de um leilão reverso, no qual os bancos competem oferecendo a menor taxa. A instituição financeira vencedora realiza uma operação de crédito, pagando aos fornecedores um valor descontado, de acordo com a taxa de juros acordada, e posteriormente recebendo o valor total da Petrobras.
De acordo com informações obtidas pela Folha, fornecedores alertaram a Petrobras sobre pedidos fraudulentos de antecipação de recebíveis em nome de responsáveis por empresas fornecedoras, levando a estatal a protocolar duas ações entre março e abril. Os acusados de fraude utilizaram e-mails, documentos de identificação falsos e registros antigos de empresas para abrir contas e realizar os pedidos fraudulentos.
Acesso aos contratos
Eles obtiveram acesso aos contratos reais entre a Petrobras e outras empresas, que somam uma dívida de R$ 5,4 milhões. Apesar de a dívida existir, os fornecedores não solicitaram a antecipação de recebíveis. Com a suspeita de fraude, a Petrobras está incerta sobre quem deve receber o pagamento, se os bancos ou os fornecedores.
A estatal, no entanto, entrou com ações de consignação de pagamento, um tipo de processo usado quando o devedor é impedido de pagar por motivos fora de seu controle. Nos processos, a Petrobras notificou bancos e fornecedores sobre a medida para evitar prejuízos, já que o prazo para pagamento estava se aproximando. Como não sabe a quem deve, a petroleira incluiu tanto os fornecedores quanto os bancos como réus nas ações.
“Como a Petrobras não tem tempo hábil para verificar se tal fraude ocorreu ou não e há dúvida razoável se o pagamento deve ser feito ao banco ou ao fornecedor […] a presente ação de consignação em pagamento é necessária”, argumenta a estatal à Justiça.
Os fornecedores, dessa forma, afirmam que estelionatários organizaram a fraude e criticam a falta de segurança na plataforma do programa da Petrobras e nos bancos envolvidos. A estatal optou por não comentar o caso.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.