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- Jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) iniciam greve por tempo indeterminado, motivados pela falta de isonomia salarial
- A paralisação, aprovada na segunda-feira (30), afetará as operações da EBC em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro
- Os sindicatos das três regiões confirmaram a greve, que segue sem prazo para terminar, e buscam negociações para garantir a equiparação salarial
Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) aprovaram, na última segunda-feira (30), o início de uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi motivada por descontentamentos com o novo Plano de Cargos e Remunerações (PCR). Especialmente no que diz respeito à isonomia salarial.
Os sindicatos das três regiões confirmaram a paralisação, que deve afetar as operações da EBC em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, e a previsão era de que ela começasse na última quinta-feira, dia 3 de outubro. Esta será a terceira greve dos profissionais da empresa desde setembro. Sendo que a primeira teve a adesão de 95% dos jornalistas, segundo dados fornecidos pelos sindicatos. Entre os principais veículos impactados estão a TV Brasil, Agência Brasil, Rádio Nacional, Rádio MEC, além do Canal Gov, Agência Gov e o tradicional programa Voz do Brasil.
Reinvidicação
A principal reivindicação dos jornalistas é, contudo, a equiparação salarial com outros profissionais de nível superior. Eles alegam que o novo plano proposto pela EBC estabelece uma tabela salarial 12% menor para a categoria em comparação a outros cargos equivalentes. Além disso, os trabalhadores de nível médio também lutam por equidade salarial. Assim, buscando garantir uma remuneração mais justa dentro da empresa.
Os sindicatos representantes da categoria destacam que estão abertos ao diálogo e afirmam que a greve pode ser suspensa, caso a empresa apresente uma proposta que atenda às demandas.
“A categoria exige da direção da empresa um compromisso público de construir uma proposta que respeite a jornada especial da categoria, com isonomia salarial entre os distintos cargos de nível superior, e o mesmo para os trabalhadores de nível médio”, declararam.
A greve, que segue sem previsão de término, deverá gerar um impacto significativo na programação dos principais veículos da EBC. Além de reacender debates sobre a valorização da categoria dentro da empresa.
A EBC
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é, no entanto, uma empresa pública de comunicação criada em 2007 pelo governo federal brasileiro. Assim, com o objetivo de oferecer uma alternativa à mídia privada, promovendo a pluralidade e a diversidade na produção e difusão de conteúdos informativos e culturais. A EBC opera veículos de comunicação como a TV Brasil, a Agência Brasil, a Rádio Nacional, a Rádio MEC e o programa Voz do Brasil, entre outros.
A missão da EBC é garantir uma comunicação pública de qualidade. Dessa forma, voltada para o interesse público e sem fins lucrativos, contribuindo para a democracia, a cidadania e o acesso à informação. Embora vinculada ao governo, a empresa mantém uma atuação independente e pluralista. Promovendo, assim, a disseminação de conteúdos voltados à educação, cultura, inclusão social e diversidade.
Além disso, a EBC também é responsável por transmitir eventos oficiais do governo federal e gerar conteúdo para o Canal Gov e a Agência Gov, que são focados na comunicação institucional do governo.
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