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- PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede protocolaram um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas na Alesp
- Os partidos motivaram o pedido com insinuações de Tarcísio de que o PCC pediu votos para Guilherme Boulos durante as eleições
- Os partidos alegam que o governador impediu o livre exercício do voto e comprometeu a ética do cargo
- O documento critica a falta de ação de Tarcísio, que deveria ter encaminhado provas à Justiça Eleitoral
- Os partidos exigem a abertura de um processo de impeachment, ressaltando a necessidade de instrução e defesa adequadas
Na quarta-feira (30), as bancadas do PT, PCdoB e PV, juntamente com o PSOL e a Rede, protocolaram um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Essa ação surgiu após o governador fazer declarações durante as eleições municipais de domingo (27), insinuando que a facção criminosa PCC solicitou votos para o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).
O pedido de impeachment destaca a seriedade das alegações e enfatiza que Tarcísio, ciente da gravidade da situação, deveria ter encaminhado qualquer evidência à Justiça Eleitoral. O documento afirma que “não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição”.
Função do governador X Responsabilidades
Os partidos argumentam que a função do governador exige que ele atue com responsabilidade ao lidar com essa informação.
“Não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição, ou à ausência de atividade no cargo, uma vez que foi justamente por exercer a função que tudo aconteceu: a descoberta da correspondência, a credibilidade como fonte de informação e a responsabilidade de supervisionar os subordinados que não cumpriram suas obrigações”, aponta o pedido.
Os partidos acusam Tarcísio de cometer crime de responsabilidade. Ainda, citando que suas ações impediram o livre exercício do voto e comprometeram a ética que seu cargo exige.
“A informação que deveria ter sido tratada com diligência, com remessa aos órgãos competentes para cabal apuração e adoção das medidas cabíveis, terminou por ser apropriada como peça de campanha do candidato do Sr. Governador, com explícita aptidão para interferir no resultado”, prossegue o texto.
Processo de impeachment
Diante disso, os partidos solicitam a abertura de um processo de impeachment. Esse movimento reflete um clima de intensa polarização política em São Paulo. Onde as acusações de manipulação e falta de ética permeiam o debate público, levantando questões sobre a integridade das instituições e a responsabilidade dos líderes políticos.
“Tendo em vista os elementos de fato que são notórios, divulgados pela imprensa e que não foram objeto de qualquer contradição por parte do Sr. Governador, é caso de ser a presente representação recebida, determinando-se as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa, e, finalmente, com a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, notadamente pelo impeachment do Governador”, finaliza o pedido.
A situação promete evoluir nos próximos dias. Contudo, à medida que as partes envolvidas se manifestem sobre os desdobramentos do pedido de impeachment.
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