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- A empresa registrou lucro líquido de R$ 187,4 milhões no 2º trimestre da safra 2024/25, uma queda de 55,2% devido ao fim do recebimento do Precatório Copersucar
- O EBITDA ajustado aumentou 44%, impulsionado por maiores preços e volumes de etanol comercializados, com destaque para o aumento de 2,6% no processamento de cana
- A São Martinho ajustou sua projeção para a safra, com 44% dos açúcares recuperáveis destinados à produção de etanol, devido aos efeitos das queimadas e do déficit hídrico
A São Martinho (SMTO3) registrou um lucro líquido de R$ 187,4 milhões no segundo trimestre da safra 2024/25. O que representa uma queda de 55,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Assim, de acordo com o balanço divulgado pela empresa na noite de segunda-feira (11). Esse desempenho negativo foi atribuído principalmente ao término do recebimento das parcelas do Precatório Copersucar (IAA). Contudo, um fator que impactou diretamente o resultado financeiro da companhia.
Apesar da queda no lucro líquido, a São Martinho apresentou um desempenho positivo em outras métricas financeiras. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 44,0% na comparação anual, atingindo R$ 943,1 milhões. Esse aumento é explicado por uma combinação de maiores preços e maiores volumes comercializados. Especialmente no segmento de etanol, que foi o principal motor do crescimento operacional da empresa no período.
No primeiro semestre da safra 2024/25, a companhia processou cerca de 18 milhões de toneladas de cana, o que representa um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período da safra anterior. A maior utilização da capacidade instalada e o aumento de 4,8% na quantidade de cana de terceiros em relação à safra passada impulsionaram esse crescimento.
Condições climáticas
Além disso, as condições climáticas desafiadoras, como as queimadas que afetaram o interior de São Paulo, tiveram impacto significativo no aumento do ritmo de moagem, com a empresa processando mais matéria-prima por dia para compensar a perda de tempo e volume devido aos incêndios. As queimadas ocorreram, especialmente, durante o mês de agosto, quando a empresa acelerou o processamento da cana para minimizar os efeitos adversos.
A empresa também revisou suas projeções para o ciclo da safra 2024/25, com mudanças no mix de produção. A principal alteração foi a expectativa de um aumento na produção de etanol, com a destinação de 44% dos açúcares totais recuperáveis (ATR) para a produção de etanol, o que representa uma redução de 8 pontos percentuais em relação à previsão inicial, que indicava maior foco no açúcar.
Esse ajuste na produção reflete os efeitos adversos das queimadas e do déficit hídrico, que afetaram a disponibilidade de matéria-prima e a conversão do ATR em açúcar, impactando a produtividade do setor.
Déficit hídrico
A São Martinho afirmou que o baixo volume de chuvas e o déficit hídrico afetaram a produtividade. Mas a empresa compensou o impacto nas operações por meio de adaptações e ajustes ao longo do processo. As estimativas indicam que a safra 2024/25 terá um ATR médio maior. Assim, o que pode beneficiar a rentabilidade da empresa no decorrer do ano, principalmente no segmento de etanol.
Em resumo, apesar da queda no lucro líquido, a São Martinho continua a apresentar um bom desempenho operacional. Dessa forma, impulsionado pelo aumento nos preços e volumes de vendas de etanol, bem como pela maior utilização da capacidade instalada e da cana de terceiros. A empresa segue ajustando suas projeções diante dos desafios climáticos e das variações no mix de produção, com um foco crescente na produção alcooleira.
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