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No mercado financeiro, existem várias classificações de investidores, como investidor pessoa física, investidor qualificado e, por último, mas não menos importante, o investidor profissional. Embora sejam parecidos, é comum existir a dúvida sobre as diferenças entre essas duas últimas classificações de investidores.
Na verdade, o que diferencia um investidor profissional de um investidor qualificado é o volume de investimentos que cada um dispõe e a experiência que tem no mercado.
Com isso, as definições e regras de classificação desses investidores constam na instrução 554 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Nesse sentido, a classificação é usada para designar aqueles investidores que apresentam uma elevada quantia em investimentos e que detêm conhecimentos adequados sobre investimentos financeiros e os riscos envolvidos. Isso é importante para evitar que os pequenos investidores corram riscos por falta de conhecimento e até mesmo de capital. Justamente pelo fato de alguns investimentos precisarem de um capital maior.
Além disso, essa classificação de investidor profissional e qualificado é recente, implantada em 2013. Segundo a CVM, o objetivo dela é oferecer investimentos apropriados, de acordo com o risco e o patrimônio investido.
Índice de conteúdo
O que é um investidor?
Um investidor é uma pessoa que aplica os seus recursos na compra de ativos financeiros negociados no mercado financeiro. Qualquer pessoa pode fazer isso, sem precisar ser um investidor qualificado ou investidor profissional. Em resumo, no Brasil um dos investimentos mais comum é a da renda fixa.
Nesse sentido, quando uma pessoa investe em renda fixa, ela compra títulos públicos ou privados e recebe um rendimento pré-acordado, que pode ser:
- Pós-fixado
- Prefixado
- Híbrido
Além de investimentos em renda fixa, existe também a renda variável, que é uma outra classe de investimentos, mas que ainda não está restrita ao investidor qualificado ou profissional. Como próprio nome variável sugere, o investimento pode oferecer um maior potencial de ganho, porém também pode existir uma margem de perdas. Assim, a renda variável pode fazer você ganhar mais dinheiro, mas também pode dar prejuízo.
Portanto, toda pessoa que está pensando em investir deve descobrir qual é o seu perfil de investidor. O perfil de investidor definirá qual é o seu apetite por risco. Nesse sentido, existem vários perfis de investidores, desde o conservador, perfil é avesso a riscos e à volatilidade, chegando até o perfil arrojado, que entende e aceita os riscos visando um retorno potencialmente maior.
De acordo com a instrução 539 da Comissão de Valores Mobiliários, o principal objetivo dessa classificação em grupos é proteger o investidor de riscos desproporcionais à sua capacidade financeira.
O que é um investidor qualificado?
Os investidores qualificados não têm nada a ver com a “qualificação” de alguém que opera no mercado financeiro. Isso é um termo classificado pela CVM para aqueles que possuem valores iguais ou superiores a R$ 1 milhão investido. Entretanto, esse valor deve ainda ser atestado por escrito ou a pessoa deve possuir alguma certificação que a CVM aceite para fins de consideração de investidor qualificado.
Nesse sentido, a classificação é feita para pessoas físicas ou jurídicas. Entretanto, não é apenas ter R$ 1 milhão na conta, a CVM classifica esses investidores como alguém com conhecimento sobre investimentos financeiros e que sabe dos riscos envolvidos.
Isso é um conceito usado em vários países como uma forma de regular o mercado e proteger os pequenos investidores. Em conclusão, o requisito serve para garantir que o investidor tem a compreensão técnica e financeira sobre os investimentos mais restritos do mercado.
O que é um investidor profissional?
Já o investidor profissional é um pouco diferente do investidor qualificado, isso porque é aquele investidor que possui mais de R$ 10 milhões investido. Dessa forma, sendo bem claro, todo investidor qualificado é também um investidor profissional. Entretanto, não é apenas requisito que muda, há outros fatores.
Portanto, para ser considerado um investidor profissional há também outros fatores definidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Contudo, ele também precisa assinar um termo reconhecendo-se como um investidor profissional. Mas no caso do registro profissional, o investidor tem que realmente ter o mesmo “registro” na CVM e não apenas a certificação que dá direito ao registro.
Isso porque qualquer pessoa pode se tornar investidor qualificado se tiver uma das certificações aceitas. Entre elas estão:
- Agente Autônomo de Investimentos da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (ANCORD);
- Certificações CEA (Certificação de Especialista em Investimentos);
- Analista de Valores Mobiliários CNPI – Programa de Certificação Nacional, oferecido pela APIMEC;
- CGA (Certificação de Gestores);
- CFP (Planejador Financeiro) do programa da ANBIMA.
Entretanto, isso é valido apenas para investidor qualificado, não entra no mérito para ser um investidor profissional.
E também são considerados investidores profissionais:
- Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
- Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
- Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
- Fundos de Investimento;
- Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM;
- Agentes autônomos de investimento, em relação a seus recursos próprios;
- Administradores de carteira, em relação a seus recursos próprios;
- Analistas e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
- Investidores não residentes.
Quais vantagens entre investidor profissional x investido qualificado?
De forma resumida, podemos destacar que os investidores qualificados e profissionais se diferenciam pelo valor total investido.
Por ter quantias mais elevadas, esses investidores têm acesso a alguns tipos de aplicações financeiras que investidores comuns não tem. Um exemplo bem claro são os fundos de investimento no exterior (FIE), debêntures, certificados recebíveis como CRI e CRA.
Entretanto, vale destacar que esse benefício e gerado pelo grande volume que têm em carteira. Além disso, esses investimentos têm uma maior complexidade. Por isso, são liberados no mercado apenas para os investidores profissionais e/ou qualificados.
Um outro detalhe que vale destacar é que normalmente essas classificações têm condições especiais nas instituições financeiras, como taxas reduzidas ou cortadas e até mesmo gestão especializada.
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