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- A rede de restaurantes Madero, parece estar prestes a definir seu tão sonhado IPO;
- A companhia vem há algum tempo se movimentando para realizar a listagem, mas os problemas financeiros afetam a confiança da CVM no processo.
O IPO da Madero parece estar finalmente no caminho certo para sair do papel. Afinal, a Madero protocolou junto a Comissão de valores mobiliarios, o pedido de IPO. Confira agora!
Agora vai? O IPO da Madero
A rede de restaurantes Madero, que possui 238 unidades (incluindo franquias) em 18 estados do país, registrou pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) ontem (02/08) na CVM. O IPO da companhia já vem enfrentando dificuldades desde suas fases iniciais, devido aos problemas financeiros que a rede vem enfrentando.
Afinal, em seu prospecto preliminar, a empresa informa que teve prejuízo líquido de R$ 90,025 milhões no primeiro semestre do ano. Desse modo, apresenta recuo de 53,8% na comparação com o mesmo intervalo de 2020. Portanto, nos seis primeiros meses ao ano, o Madero teve Ebitda de R$ 46,298 milhões, revertendo indicador negativo de R$ 11,327 milhões na comparação anual. Assim, a empresa diz que pretende utilizar os recursos do IPO na expansão de novos restaurantes, renovação da frota e de cozinhas centrais e no pagamento de contratos financeiros. No balanço do 1T21, o Madero informou dificuldades para pagar dívidas de curto prazo. A operação será coordenada por BTG, Bank of America (BofA), Bradesco BBI, Itau BBA, UBS BB e JPMorgan.
IPO pode chegar a R$ 2 bilhões
De acordo com fontes do Valor Econômico, o Madero se esforça para conseguir uma oferta pública inicial em torno de R$ 2 bilhões. Além disso, o jornal pontua que a oferta trará uma tranche primária e outra secundária.
Dessa forma, os recursos da tranche primária – que deve ficar em torno de R$ 1,2 bi a R$ 1,5 bi – servirão para o pagamento de dívidas e para acelerar o crescimento orgânico da companhia. Assim sendo, precisamos pontuar que a dívida líquida do Madero soma quase R$ 880 milhões. Além disso, as obrigações de curto e longo prazo somavam R$ 2,4 bilhões. Há um tempo, as operações da companhia foram postas em xeque devido justamente a esse enorme passivo.
De acordo com o balanço do primeiro trimestre de 2021, o Madero trouxe falta de garantias para a renegociação de dívidas e riscos de fechamento.
“A liquidez disponível mais o caixa esperado, gerado pelas operações, não será suficiente para pagar o total de obrigações de dívida de curto prazo antes ou na data de vencimento sem financiamento adicional.”
disse a companhia no relatório.
Contudo, o Madero vem afirmando, em conversas com o mercado, que tal dívida por ser alongada. Além disso, vem ressaltando o potencial de seu negócio e sua capacidade de recuperação.
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