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O Ibovespa operou de lado, à espera das primeiras medidas econômicas do governo Lula, e acentuou as perdas após o anúncio, com investidores mostrando desconfiança se a promessa de superávit primário feita por Fernando Haddad é factível. Também mereceu atenção o tombo das ações da Americanas, após a divulgação de um rombo contábil de R$ 20 bilhões. A ação encerrando o dia com queda de 77,33%, a R$ 2,72, a ação fechou o pregão anterior cotada a R$ 12.
Apesar das grandes quedas, a ação encontrou sua faixa de valor após uma série de leilões, que se estenderam durante todo o pregão. O papel oscilou entre R$ 2,40 e R$ 2,95 no balcão da B3. E o volume financeiro também impressiona: alcançou R$ 692 milhões.
A ação despencou após a companhia comunicar ao mercado que encontrou uma inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões em uma análise preliminar, de acordo com um fato relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (11). O melhor estilo “IRB” de como não se operar na bolsa de valores.
A empresa afirmou que ainda não é possível determinar todos os impactos dessas inconsistências em seus resultados e no balanço patrimonial.
Apesar da queda de mais de 77% no pregão, o papel tem apenas 0,29% de peso na carteira do Ibovespa, o que limitou os efeitos direto sobre o índice, mas afetou o desempenho de outras companhias listadas, como as varejistas, e também o setor bancário. Os bancos são os principais cotados para assumirem o calote de 20 bilhões de reais na contabilidade da Americanas.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,59%, aos 111.850,22 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,6 bilhões.
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