Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

A Taxa Selic caiu para 12,75%. E aí o que muda?

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

A redução na taxa Selic tende a tornar o crédito mais barato. Isso porque os bancos usam a Selic como referência para definir as taxas de juros de empréstimos, financiamentos e até cartões de crédito.

Com crédito mais acessível, o consumo pode ser estimulado. Isto é, as pessoas podem se sentir mais incentivadas a comprar bens de consumo duráveis, como carros e eletrodomésticos, ou até mesmo a adquirir imóveis devido à queda nas taxas de financiamento, pois as parcelas ficam mais baratas.

Já para quem investe, as coisas são um pouco diferentes.

Investimentos atrelados à Selic rendem menos, ou seja, todas as aplicações financeiras atreladas à Selic, como o Tesouro Selic por exemplo, terão um rendimento menor. Isso já é um sinal de alerta para os investidores buscarem alternativas mais rentáveis.

Os analistas do mercado financeiro acreditam em mais reduções para as próximas decisões do copom. E esta contínua redução da taxa de juros pode aquecer a economia à medida que o crédito se torna ainda mais barato e o consumo é ainda mais estimulado. Esta é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para incentivar o crescimento econômico em momentos de baixa atividade. Isso equivale dizer que, quedas seguidas da taxa tendem a fazer as pessoas consumirem mais, fazendo a economia do país, que está desaquecida, voltar a girar.

Leia mais  Ciclo de juros vai continuar? O que esperar do COPOM hoje

Um desafio para os poupadores. Se a Selic continuar caindo, investimentos tradicionais e conservadores tendem a render ainda menos. Os investimentos vão render cada vez menos. Isso pode desafiar os poupadores a diversificar suas carteiras, buscando opções mais arriscadas, como o mercado de ações ou fundos de investimento com estratégias mais agressivas.

Mas quero fazer um alerta. As taxas de juros mais baixas podem resultar em mais pessoas buscando financiamentos imobiliários. Embora isso possa ser positivo em termos de movimentação do setor, existe o risco de uma valorização excessiva dos imóveis, o que pode, no médio prazo, criar bolhas no mercado.

E como já comentei, a redução da taxa de juros pode levar a um aumento do consumo, mas se a produção não conseguir acompanhar a demanda crescente, pode haver pressões inflacionárias, ou seja, aumento de preços. O Banco Central precisa equilibrar essa dinâmica para garantir que a inflação se mantenha sob controle.

Embora a redução da taxa Selic possa trazer alívio imediato em termos de custo de crédito e estimular a economia, também é crucial monitorar os possíveis efeitos secundários, especialmente se essa tendência de redução continuar. Consumidores e investidores devem se adaptar a este novo ambiente, buscando oportunidades, mas também permanecendo cautelosos em relação aos riscos envolvidos.

Leia mais  Sem mudanças: Copom mantêm Selic em 13,75%

Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Ibovespa fecha em leve alta impulsionada por Petrobras e Vale

Rodrigo Mahbub Santana

Corte de R$15 Bi frustra mercado e impacta ativos

Rodrigo Mahbub Santana

Copom eleva taxa básica para 11,25% em resposta à inflação crescente

Rodrigo Mahbub Santana

Dólar fecha em queda mesmo com a vitória de Trump e com expectativa de alta na selic

Rodrigo Mahbub Santana

Dólar fecha em queda após declarações de Haddad sobre corte de gastos

Rodrigo Mahbub Santana

Mercado eleva Selic para 11,50% em 2025, aponta Focus

Rodrigo Mahbub Santana

Deixe seu comentário