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Imagem/Reprodução Americanas
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Acionista da Americanas eleva participação à 12,5% das ações

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  • A Americanas anunciou que um de seus acionistas, aumentou sua participação à 12,5%
  • Inácio Melo agora detém 113 milhões de ações
  • O investidor declarou que seu objetivo não é modificar a estrutura acionária, mas sim obter lucros com uma futura venda de suas ações

A Americanas (AMER3), atualmente em recuperação judicial, anunciou que o acionista Inácio de Barros Melo Neto aumentou sua participação para 12,52%. Isto, do total de ações ordinárias da varejista. As ações da empresa estavam cotadas a R$ 0,69 na última sexta-feira (12). Melo Neto agora detém 113 milhões de ações ordinárias (ON) da Americanas.

O investidor declarou que seu objetivo não é modificar a estrutura acionária ou de controle da empresa. Mas, sim obter lucros com uma futura venda de suas ações.

No início de julho, a Americanas informou que seus acionistas de referência — os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — juntamente com seus afiliados, passariam a deter 49,2% do capital social da companhia após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, a empresa havia reportado que o trio de bilionários possuía 30,12% das ações da Americanas, totalizando 271.834.960 papéis.

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Americanas aprova aumento de capital em Recuperação Judicial

  • A Americanas anunciou que o CADE aprovou a subscrição e integralização das novas ações ordinárias
  • Além disso, a operação envolveu a compra de participação societária minoritária pelos bancos Bradesco, Santander, Itaú, Safra e BTG Pactual
  • A assembleia geral extraordinária realizada em 21 de maio de 2024 aprovou o aumento de capital

Americanas (AMER3) anunciou que o CADE aprovou, sem restrições, a subscrição e integralização das novas ações ordinárias. Estas, emitidas pela companhia como parte do aumento do capital social.

Além disso, a operação envolveu a compra de participação societária minoritária pelos bancos Bradesco, Santander, Itaú, Safra e BTG Pactual. Isto, juntamente com a aquisição de controle pelos acionistas de referência ligados a Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

A assembleia geral extraordinária realizada em 21 de maio de 2024 aprovou o aumento de capital. Ainda, conforme os termos e condições estabelecidos no plano de recuperação judicial da companhia.

Segundo a lei, o prazo de 15 dias corridos para questionamentos ao tribunal do Cade começará nesta terça-feira (9) e se encerrará em 23 de julho. Se não houver questionamentos, a Superintendência-Geral do Cade finalizará a decisão de aprovação.

FRAUDES CONTÁBEIS NAS AMERICANAS SUPERARAM OS R$ 25 BILHÕES

Considerado um dos gigantes do varejo brasileiro, com quase um século de história, o Grupo Americanas surpreendeu o país quando, em janeiro do ano passado, anunciou “inconsistências contábeis” de mais de R$ 20 bilhões, até então desconhecida de investidores, fornecedores, credores, trabalhadores e da sociedade brasileira, como um todo.

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Uma análise por parte da área contábil da empresa havia identificado operações de financiamentos de compras de cerca de R$ 20 bilhões, que fizeram com que a Americanas ficasse devendo a instituições financeiras. Mas essas dívidas não estavam “adequadamente refletidas na conta fornecedores” nas demonstrações financeiras da companhia.

Logo após o anúncio, o Grupo Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial, de forma a se proteger das cobranças de dívidas imediatas e proteger seus negócios e patrimônios.

Mas as surpresas não parariam por aí. Alguns meses depois, a própria empresa lançou uma nova bomba: as inconsistências eram fruto de fraudes. Depois de uma auditoria independente, a Americanas verificou indícios de manipulação de dados contábeis por parte de sua antiga diretoria, que chegavam a R$ 25,3 bilhões.

A empresa identificou que criou artificialmente diversos contratos de verbas de propaganda cooperada (VPC) para melhorar os resultados operacionais. A contabilidade lançava isso como uma maneira de reduzir os custos, mas não contratava efetivamente fornecedores para o serviço.

VPC são verbas em dinheiro ou em produtos bonificados disponibilizados por grandes fabricantes para incentivar a venda de seus produtos. Nas lojas varejistas, por exemplo, a instalação de gôndolas específicas para o item no ponto de venda. Além da colocação do produto em destaque ou ações promocionais.

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No caso da Americanas, bilhões de reais em VPC fictícias foram intencionalmente lançados em seus balanços contábeis. Isto, conforme admitido pela própria empresa e seus ex-dirigentes que estavam na gestão até o final de 2022.

Além disso, foram identificadas operações de risco sacado. As quais, consistiam na antecipação de pagamento aos fornecedores, através da contratação de empréstimos junto aos bancos. A empresa não lançava adequadamente essas operações, que incluíam o pagamento de juros às instituições financeiras, ocultando bilhões em dívidas em sua contabilidade.



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