Continua após o anúncio
Se você é um investidor que está de olho nas ações das empresas aéreas, como Gol e Azul, e está se perguntando se é hora de comprar, a analista CNPI Danielle Lopes da Nord Research traz algumas informações importantes sobre o setor para considerar antes de tomar uma decisão.
No último pregão, as ações da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) tiveram um aumento significativo, acumulando uma alta de +76% e +42% na semana, respectivamente. Esse movimento se deve ao fato de as empresas terem fechado acordos com os credores.
É hora de pegar um assento?
Mas será que esse é um sinal para comprar as ações das empresas aéreas? Danielle Lopes destaca que, embora a Azul tenha apresentado um resultado líquido positivo no último trimestre, ainda há uma alta dívida líquida/EBITDA que pode trazer riscos financeiros para a empresa. Ainda que a empresa esteja se esforçando para equilibrar seus custos e receitas, 40% dos custos das companhias aéreas no Brasil são com querosene de aviação (QAV), e o preço desse insumo tem subido constantemente.
Já a Gol conseguiu aliviar seu balanço com um aporte de US$ 1,4 bilhão da Abra (holding criada para controlar Gol e Avianca), mas ainda apresenta uma alavancagem financeira bastante elevada. A analista destaca que, no geral, empresas aéreas não são negócios seguros, uma vez que há muitos fatores que podem afetar seu desempenho financeiro, como a dependência de insumos cotados em dólar e a necessidade de um alto investimento para manter o crescimento.
Além disso, a concorrência no setor tem aumentado, principalmente com a entrada de empresas de baixo custo, o que pode reduzir a rentabilidade das empresas já estabelecidas. Por esses motivos, Danielle Lopes mantém sua visão conservadora sobre as ações do setor e recomenda que os investidores fiquem de fora por enquanto.
- Azul (AZUL4) anuncia a redução no prejuízo em 76% no 3T24 e ajusta metas de expansão
- Gol (GOLL4) reportou prejuízo de R$ 830 mi no 3T24
- Alta nas ações: Ações da Azul (AZUL4) disparam mais de 10% após acordo com credores
- Melhor liquidez: Azul (AZUL4) formalizou acordos com credores para captar até US$ 500 mi
- Azul (AZUL4) avalia propostas para captar até US$ 500 mi em recursos
- Azul entrou em recuperação extrajudicial? Especialista explica
- Moody’s rebaixa rating da Azul (AZUL4) e alerta sobre riscos de liquidez
- Ações da Azul disparam 13%: o que aconteceu?
- JPMorgan reduz preço-alvo da Azul para R$ 8,50 e considera ação em “ponto crítico”
- Azul (AZUL4) confirma negociações para captar até US$ 800 mi
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.