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- Ações da Vale (VALE3) caem devido à menor demanda por minério de ferro e rebaixamento de recomendação pelo Bank of America.
- Recomendações também foram rebaixadas para CSN, CSN Mineração e Bradespar, refletindo preocupações sobre o setor.
- Apenas Usiminas mantém recomendação de compra, mas com ajuste de preço-alvo para baixo.
- Perspectiva negativa devido à incerteza sobre a recuperação dos preços do minério de ferro e questões específicas das empresas do setor.
- Banco destaca possíveis despesas adicionais para a Vale relacionadas à Samarco, limitando distribuição de dividendos.
Ações da Vale (VALE3) estão em declínio, refletindo uma demanda reduzida pelo minério de ferro e o rebaixamento da recomendação pelo Bank of America, que diminuiu a classificação da mineradora de “neutra” para compra. Os papéis estão operando com uma desvalorização de 0,70%, cotados a R$ 62,53, por volta das 16h15.
Analistas expressaram preocupação de que o preço do minério de ferro pareça distante de qualquer recuperação iminente, o que inevitavelmente afetará as receitas das mineradoras. O preço-alvo da ação foi ajustado para baixo, de R$ 95 para R$ 62, e para os ADRs, de US$ 20 para US$ 13.
Além da incerteza em torno da recuperação dos preços do minério de ferro, o banco destaca a possibilidade de a Vale enfrentar despesas adicionais relacionadas à Samarco, o que pode limitar a distribuição de dividendos. Outros fatores negativos incluem a renegociação das concessões ferroviárias e a questão da sucessão do CEO.
O declínio nas ações da Vale ocorre logo após um aumento de mais de 5% no dia anterior, quando a empresa foi impulsionada pela valorização do minério de ferro no mercado internacional, atingindo seu valor mais alto em duas semanas.
O Bank of America também rebaixou a recomendação para CSN e CSN Mineração de neutro para “underperform” (baixa performance em tradução livre), com o preço-alvo da CSN reduzido de R$ 18 para R$ 14 e da CSN Mineração, de R$ 8 para R$ 5. A Bradespar também foi rebaixada, com o preço alvo diminuído de R$ 29 para R$ 16.
A Usiminas foi a única exceção, com a recomendação mantida em compra. No entanto, o preço alvo foi ajustado para baixo, de R$ 13 para R$ 12.
Essas mudanças refletem a visão de que, embora o preço do minério de ferro tenha experimentado uma recuperação recente, ainda está longe de retornar aos níveis de negociação observados no final do ano passado.
A Vale anunciou que irá divulgar sua produção referente ao primeiro trimestre de 2024 no próximo dia 16, após o fechamento do mercado. O balanço do mesmo período será publicado no dia 24. Esses eventos provavelmente estão gerando expectativas positivas entre os investidores, contribuindo para o aumento do valor das ações da empresa.
Em tempo
Ontem (8), a companhia registrou uma forte valorização no pregão desta segunda-feira, impulsionando o Ibovespa (IBOV) com um aumento de quase 5% no valor de suas ações. Esse crescimento substancial se manteve ao longo do dia, contribuindo significativamente para um aumento no volume financeiro do Ibovespa. A ascensão dos papéis da Vale está fortemente correlacionada com os ganhos observados no preço do minério, com o principal contrato da commodity subindo 3,19% em Dalian, atingindo seu melhor valor em duas semanas, a US$ 109,41 a tonelada.
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