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Alta da inflação é “temporária”, diz Haddad

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Segundo Haddad, a alta está relacionada com questões climáticas que têm impactado os preços da energia e dos alimentos.

Na quarta-feira (09), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “temporário” o crescimento da inflação em setembro, revelado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para Haddad, a alta está relacionada com as questões climáticas que têm impactado os preços da energia e dos alimentos. O ministro até chegou a pedir cautela ao Banco Central na definição dos juros básicos – e disse que “juro não faz chover”, ou seja, não consegue reverter o impacto da estiagem.

A gente está com essa questão da seca. Você vê o dado de hoje do IPCA, ele demonstra claramente que os núcleos estão bem comportados, mas que a seca está afetando dois preços importantes: energia e alimentos. Isso não tem a ver com juro, juro não faz chover”, disse o ministro Haddad a jornalistas.

Haddad afirma que a alta da inflação em setembro estaria relacionada com um “choque de oferta“, em virtude da seca, que traz pressões inflacionárias momentâneas.

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Inflação em alta: Preço da conta de luz dispara

IBGE, divulgou na quarta-feira (09), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,44% em setembro.

Essa foi a maior variação para o mês desde o ano de 2021. A forte alta foi puxada pelo avanço de 1,80% no grupo de Habitação, em que os preços da energia elétrica residencial dispararam 5,36% em setembro.

De acordo com informações, por conta da grave seca que afeta o país, a bandeira passou de verde para vermelha patamar 1, o que gera uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido pelas famílias.

A inflação brasileira agora acumula alta de 4,42% em 12 meses. No ano de 2024, o ganho é de 3,31%.

Calor eleva consumo de energia elétrica no começo de outubro, destaca CCEE

As temperaturas mais elevadas, que impulsionaram o consumo de energia elétrica em agosto e setembro, também influenciaram as duas primeiras semanas de outubro em boa parte do país, segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. No período, o Brasil utilizou 67.627 MW médios, volume 4,2% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.

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O mercado das distribuidoras locais, também chamado de regulado, apresentou crescimento de 7%, puxado principalmente por um uso maior de ventiladores e ar-condicionado. Já o mercado livre, no qual a indústria e grandes empresas podem escolher o seu fornecedor, houve um leve recuo de 0,2%, provocado por uma demanda menor em ramos como a fabricação de veículos e a indústria têxtil.

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Consumo por ramo de atividade econômica

Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE, as maiores altas nas duas primeiras semanas de outubro foram registradas na extração de minerais metálicos, na indústria de bebidas e nos ramos de comércio e serviço. Os dados preliminares, porém, mostram que mais da metade dos setores acompanhados teve retração, entre eles a fabricação de veículos, têxteis e a indústria química, segmentos que têm bastante representatividade na demanda do mercado livre.

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Consumo por região

O calor registrado em quase todos os estados provocou um consumo maior de energia elétrica no Acre, que teve uma carga 25,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, no Maranhão (19%), no Mato Grosso (17,8%) e no Amazonas (16,6%). As reduções foram registradas pela CCEE no Amapá (-3,6%) e no Ceará (-3,7%), além do Tocantins (-11,3%), onde a Câmara de Comercialização ainda apura os dados preliminares.

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Geração de energia

As hidrelétricas forneceram 46.784 MW médios para o Sistema Interligado Nacional – SIN, um crescimento de 9,1% frente a igual período do ano passado. Os parques eólicos produziram 13.720 MW médios, leve avanço de 0,7%, enquanto as fazendas solares geraram 2.830 MW médios, aumento de 45,7%. Esse cenário positivo para a geração de energia limpa e renovável contribuiu para um recuo de 18,4% na produção das térmicas.


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