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Amazonas decreta situação de emergência ambiental devido a 3.925 queimadas nos primeiros 10 dias de setembro.
O estado do Amazonas declarou estado de emergência ambiental após registrar quase 4 mil focos de queimadas apenas nos primeiros dez dias de setembro. O decreto abrange várias regiões do estado, incluindo municípios no sul e na Região Metropolitana de Manaus.
A situação de emergência terá duração de 90 dias e será coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, em conjunto com outros órgãos, para implementar estratégias de combate ao desmatamento e às queimadas. Além disso, o governo destinou R$ 1,1 milhão para remunerar brigadistas e intensificar os esforços no combate ao fogo na região.
Amazonas toma medidas drásticas para enfrentar a crise ambiental decorrente das queimadas
O estado do Amazonas está enfrentando uma séria crise ambiental devido ao aumento alarmante no número de queimadas. Nos primeiros dez dias de setembro, foram registrados 3.925 focos de incêndio, levando o governo a declarar estado de emergência ambiental. Essa medida abrange diversos municípios, incluindo aqueles localizados no sul do estado e na Região Metropolitana de Manaus.
A situação de emergência terá uma duração de 90 dias e será coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). A Sema trabalhará em conjunto com outros órgãos para definir e implementar estratégias de combate ao desmatamento e às queimadas na região. Além disso, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) terá a responsabilidade de coordenar a execução operacional das ações de resposta às ocorrências, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).
Para enfrentar essa crise ambiental, o governo anunciou um aporte financeiro de R$ 1,1 milhão para remunerar 153 brigadistas em nove municípios, todos localizados na região conhecida como “arco do desmatamento”. Essa iniciativa é uma cooperação entre a Sema e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro da organização Rewild para aquisição de materiais e equipamentos. As equipes atuarão em apoio às operações já em curso, contando com um efetivo de 339 agentes estaduais e da Força Nacional.
O Corpo de Bombeiros também está intensificando seus esforços, montando uma sala de situação para monitoramento via satélite dos focos de calor e o compilado técnico dos dados diários de ocorrências de incêndio na capital e no interior. Essas medidas visam conter e controlar a situação crítica das queimadas no estado do Amazonas.
Aumento alarmante de queimadas preocupa em áreas críticas da Amazônia e do Cerrado
O MapBiomas divulgou no mês passado um levantamento que aponta um aumento preocupante nas queimadas na Amazônia e no Cerrado durante o primeiro semestre de 2023. Embora o Brasil tenha registrado uma redução de 1% na quantidade total de queimadas, a Amazônia experimentou um aumento de 14%, com a região queimando 68% da área total queimada no país durante os primeiros seis meses do ano.
O estado de Roraima se destacou como o mais afetado, sendo responsável por 49% da área queimada, seguido por Mato Grosso e Tocantins. Esses três estados combinados foram responsáveis por 82% da área total queimada durante o período.
O Cerrado também registrou um aumento de 2% no número de queimadas no primeiro semestre de 2023, consolidando sua posição como o segundo bioma mais afetado. No entanto, a Mata Atlântica, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa apresentaram áreas queimadas menores, sugerindo uma tendência mais positiva nessas regiões.
Os dados de junho são particularmente alarmantes, mostrando um aumento significativo em relação ao ano anterior. A área queimada em junho foi 203% maior do que em maio de 2023, com o Cerrado liderando com 79% da área total queimada no mês. As pastagens foram responsáveis por 9% da área queimada em junho.
Essas estatísticas ressaltam a urgência de medidas eficazes para combater as queimadas e o desmatamento nas regiões críticas da Amazônia e do Cerrado, visando a preservação desses ecossistemas vitais.
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