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O economista-chefe para Brasil do Citigroup, Leonardo Porto Casarin, afirmou que a nova meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro é “irrealista” e poderia levar a uma recessão.
Segundo ele, para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024, seria necessário cortar gastos em 10% ou aumentar impostos em 2% do PIB, o que poderia paralisar a economia. O economista também apontou que a nova regra fiscal cria um “incentivo perverso” para aumentar a tributação, o que poderia levar a uma maior carga fiscal e menor crescimento potencial.
Economista do Citi alerta para riscos da nova meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro
O economista-chefe para Brasil do Citigroup, Leonardo Porto Casarin, afirmou que a nova meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro é “irrealista” e poderia levar a uma recessão.
Segundo ele, para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024, seria necessário cortar gastos em 10% ou aumentar impostos em 2% do PIB, o que poderia paralisar a economia.
O economista também apontou que a nova regra fiscal cria um “incentivo perverso” para aumentar a tributação, o que poderia levar a uma maior carga fiscal e menor crescimento potencial.
Casarin ressaltou que o corte de gastos necessário para atingir a nova meta fiscal parece “irreal”, considerando a agenda do governo de aumento do gasto social e do investimento público.
Além disso, a nova regra fiscal “carece de transparência”, pois o crescimento dos gastos agora depende de pressupostos para o crescimento do PIB nominal e dos preços das commodities.
O economista também afirmou que o novo arcabouço fiscal é “indiscutivelmente pior” do que o anterior, do teto de gastos, no que diz respeito à sustentabilidade da dívida, porque permite o aumento dos gastos quando a arrecadação surpreender positivamente.
Diante desses riscos, Casarin não vê motivos para alterar a projeção do Citi, que prevê um déficit primário de 1,5% do PIB em 2023 e de 1,2% em 2024.
O economista ainda alertou para os efeitos negativos que uma maior carga fiscal e uma menor taxa de crescimento potencial poderiam ter sobre a economia brasileira, com custos de empréstimos mais altos estruturalmente e uma menor capacidade de investimento do governo em áreas críticas como saúde, educação e infraestrutura.
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