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Armínio Fraga afirma que Galípolo necessita de apoio fiscal para sucesso no BC

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  • Gabriel Galípolo tem as habilidades necessárias para implementar uma política monetária eficaz, conforme destacado por Armínio Fraga
  • Fraga enfatiza que uma política fiscal responsável é crucial para apoiar a atuação do Banco Central e facilitar o controle da inflação
  • O ex-presidente do BC elogia a estrutura atual da instituição, reconhecendo que ela está “muito bem estruturada” para enfrentar os desafios econômicos
  • A necessidade de manter taxas de juros elevadas indica a urgência de apoio do Tesouro Nacional, segundo Fraga
  • Para promover crescimento econômico sem inflação, é fundamental uma colaboração mais profunda entre o Banco Central e o Tesouro. Assim, aproveitando a experiência de Galípolo na política
  • Armínio criticou a estratégia do governo em relação aos gastos, sugerindo que o início do mandato deveria ser utilizado para organizar as finanças antes de se buscar colher frutos
  • Além disso, ele também reconheceu a coragem de Haddad ao implementar o novo arcabouço fiscal

O futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, possui as condições necessárias para implementar uma política monetária eficaz, mas, segundo Armínio Fraga, ex-presidente do BC, ele precisará do suporte de uma política fiscal responsável. Durante uma palestra promovida pelo jornal Valor Econômico, Armínio destacou a importância da colaboração entre as instituições para o sucesso econômico do país.

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Armínio elogiou a estrutura atual do BC, afirmando que a instituição está “muito bem estruturada”. No entanto, ele observou que a necessidade de uma taxa de juros elevada para controlar a inflação indica que o Banco Central precisa de ajuda em sua tarefa.

“Se é preciso manter juros tão altos, é um sinal claro de que o BC precisa do suporte do Tesouro”, ressaltou.

Colaboração profunda e estruturada

Ele enfatizou que a colaboração do Tesouro deve ser mais profunda e estruturada, a fim de ter um impacto real na economia, permitindo uma redução significativa nas taxas de juros e promovendo o crescimento econômico sem o temor de uma inflação desenfreada. Para Armínio, a experiência de Galípolo na política pode facilitar a comunicação sobre essa necessidade de apoio.

Entretanto, ele alertou que essa colaboração não deve vir apenas do Poder Executivo, mas também do Congresso Nacional.

“O Congresso não tem contribuído para uma política fiscal mais robusta”, afirmou, expressando sua preocupação com a falta de apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Números que não fecham”

Armínio observou que “os números não fecham” em relação às metas de resultado primário e que o Brasil precisa reduzir a relação dívida/PIB para garantir a capacidade de agir em situações futuras de necessidade.

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Ele também reconheceu a coragem de Haddad ao implementar o novo arcabouço fiscal, mesmo diante da resistência, inclusive do próprio presidente.

“Todo mundo era contra; o presidente tinha discursos raivosos até”, ressaltou.

No entanto, Armínio criticou a estratégia do governo em relação aos gastos. Dessa forma, sugerindo que o início do mandato deveria ser utilizado para organizar as finanças antes de se buscar colher frutos.

“É Maquiavel básico: no início de mandato, você tem que arrumar a casa para depois colher os resultados”, concluiu.


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