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Em pleno Mês da Mulher e apesar do aumento significativo da participação feminina no mercado de trabalho, em pleno século XXI ainda é possível observar casos de desigualdade e preconceito, como evidenciam os dados sobre a renda e empregabilidade das mulheres brasileiras. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens.
“Ainda observamos toda uma estrutura cultural enraizada e um forte preconceito nutrido no mundo do trabalho que atravanca qualquer possibilidade de avanços, ocupações de espaços profissionais e de empoderamento feminino. Na minha opinião, os gestores devem estimular e desenvolver pessoas, independente do gênero, raça, cor, religião, etc. As empresas têm que dar valor às pessoas de forma geral e as oportunidades devem ser iguais diante da diversidade”, declara Renata Tavolaro, Head de Psicologia da orienteme, plataforma que oferece saúde psicológica, nutricional e física aos colaboradores de empresas.
Nesse sentido, a prática ESG vem sendo uma aliada, ao estimular e criar políticas contra a desigualdade, favorecendo sempre a diversidade. Atreladas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organizações das Nações Unidas (ONU), as ações ESG, sigla para Environmental, Social and Governance, destacam cada vez mais a importância da mulher em cargos de liderança devido ao aumento da lucratividade observado nessas organizações.
Mas esse ainda é um fator a ser destacado na sociedade. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o lucro das corporações comandadas por mulheres é 15% superior ao das empresas lideradas por homens. No entanto, apenas 39,4% das mulheres estão em cargos de chefia atualmente. Para tanto, são necessárias ações mais específicas para garantir que as mulheres sejam promovidas para as áreas de negócio. Uma questão observada pela OIT que impede as mulheres de alcançar posições de tomada de decisão é a responsabilidade doméstica, que vai de encontro com a disponibilidade de horários exigida na cultura empresarial.
Por sua vez, a ONU elenca que as mulheres também enfrentam formas múltiplas de práticas discriminatórias no local de trabalho, que as impedem de progredir em suas carreiras e reivindicar posições de liderança, como assédio sexual e falta de políticas favoráveis à família. Assim, ganha destaque a necessidade de visão ampliada do setor empresarial às políticas que apoiam a inclusão e ao equilíbrio entre trabalho e a vida pessoal, como horários flexíveis.
“Diversos estudos comprovam que as mulheres têm obtido melhores índices de desempenho na maioria das competências gerenciais de acordo com diversos estudos científicos. Inspirar e motivar os outros são habilidades que nem todos possuem.”, explica Renata. Ela ainda completa: “um estudo revelou que pessoas lideradas por mulheres são mais engajadas. Analisando dados de pesquisas podemos entender que as mulheres se destacam na posição de liderança pelo seu perfil multitarefas, trabalho em equipe, desenvolvimento de pessoas, entre outros. Ou seja, as mulheres tendem a liderar pela inspiração”, finaliza.
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